KLM e ZeroAvia planejam voo de teste com avião movido a hidrogênio em 2026
A KLM e a ZeroAvia anunciaram na última semana planos de realizar um voo de teste com emissão zero utilizando uma aeronave elétrica equipada com motores movidos a hidrogênio líquido. A ideia é que a demonstração aconteça em 2026, dando prosseguimento às metas de redução de emissões da companhia aérea.
Os propulsores que devem ser utilizados no teste são desenvolvidos pela ZeroAvia para aviões comerciais. Segundo a startup americana, o motor usa células de combustível de hidrogênio para a geração de eletricidade, proporcionando o giro das hélices.
A aeronave usará motores elétricos alimentados com células de combustível de hidrogênio. (Imagem: KLM/Divulgação)Fonte: KLM/Divulgação
Nesse modelo, o vapor de água de baixa temperatura é o único tipo de emissão durante o voo, enquanto sistemas elétricos de baixa intensidade oferecem economias significativas. Estima-se que a tecnologia apresente uma redução de 90% no impacto climático se comparada aos aviões movidos a querosene.
Com a parceria, a KLM quer dar um passo adiante rumo ao objetivo de se tornar uma companhia aérea mais sustentável, além de contribuir para acelerar o desenvolvimento de conceitos de operações para aeronaves a hidrogênio na União Europeia. Uma de suas metas é reduzir a emissão de carbono em até 30% por passageiro/km até 2030.
Protótipo concluiu voo com sucesso
No ano passado, a startup realizou com sucesso testes do motor elétrico de hidrogênio ZA600, usado em uma aeronave Dornier 228 de 19 lugares adaptada para receber o equipamento. O primeiro voo de demonstração do protótipo aconteceu no Reino Unido e teve duração de 10 minutos.
A ZeroAvia também completou testes avançados em solo com as principais tecnologias do motor de zero emissão ZA2000 que será usado no teste da KLM, incluindo tanques criogênicos e sistemas propulsores elétricos e de célula de combustível PEM de alta temperatura. Eles fazem parte da infraestrutura necessária para o futuro experimento.
Esse sistema será capaz de mover aeronaves turboélice regionais maiores do que a utilizada no voo feito em 2023, com até 80 assentos, como o ATR-72 e o Dash 8 400. Na demonstração prevista para 2026, o plano é que a viagem aconteça entre dois aeroportos que ainda serão definidos.