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Venezuela impede ex-presidentes de fazer observação eleitoral

O recém-empossado presidente do Panamá, José Raúl Mulino, afirmou no início da tarde desta sexta-feira (26) que um avião que transportaria ex-presidentes de países latino-americanos para fazer observação da eleição presidencial de domingo (28) na Venezuela foi impedido de seguir para Caracas.

“O avião da [companhia aérea] Copa que transportava a [ex-]presidente [panamenha Mireya] Moscoso e outros ex-presidentes com destino à Venezuela não foi autorizado a decolar de Tocumen [principal aeroporto do Panamá] enquanto eles permanecessem a bordo, devido ao bloqueio do espaço aéreo venezuelano. Outro voo da Copa para o Panamá vindo de Caracas não foi autorizado a decolar”, escreveu Mulino no X.

Segundo órgãos de imprensa do Panamá e da Colômbia, no avião também estavam o ex-presidente boliviano Jorge Quiroga; Vicente Fox, ex-mandatário do México; Miguel Ángel Rodríguez, ex-presidente da Costa Rica; e Marta Lucía Ramírez, ex-vice-presidente colombiana.

Eles fazem parte do grupo de ex-presidentes ibero-americanos Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea).

Na quarta-feira (24), o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, havia ameaçado impedir a entrada dos políticos na Venezuela, alegando que não foram convidados para fazer observação eleitoral.

“Eles acham que dá para entrar na Venezuela assim? E que quando eles chegarem, vamos ficar com medo? Se você não é convidado para uma festa, o que deve ser dito?”, disse Cabello durante seu programa de TV Con el Mazo Dando, transmitido pela emissora VTV.

“Eles não estão convidados, gostam de dar show, acreditam que, com isso, vamos dizer: ‘Ah, se eles aparecerem no aeroporto…’ Vamos expulsá-los, vamos expulsá-los, não tem problema!”, acrescentou o aliado do ditador Nicolás Maduro.

Segundo informações do site Efecto Cocuyo, uma resolução recente dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores estabeleceu um “controle restrito” do “deslocamento fronteiriço de pessoas, tanto por via terrestre, aérea e marítima, bem como a passagem de veículos”, em razão da eleição presidencial na Venezuela, mas não fazia referência a qualquer tipo de proibição de tráfego.

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