Venezuela diz que apreensão de avião de Maduro é “pirataria”
A ditadura da Venezuela classificou como “pirataria” a apreensão do avião oficial do ditador Nicolás Maduro pelos Estados Unidos, ocorrida nesta segunda-feira (2) na República Dominicana, devido às sanções de Washington contra o regime chavista.
“A Venezuela denuncia à comunidade internacional que, mais uma vez, as autoridades dos Estados Unidos da América, numa reiterada prática criminosa que não pode ser qualificada como outra coisa senão pirataria, confiscaram ilegalmente uma aeronave que foi utilizada pelo Presidente da República”, apontou o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, segundo informações da agência France-Presse.
“Esta ação revela que nenhum Estado e nenhum governo constitucional estão a salvo de ações ilegais que ignoram o direito internacional”, acrescentou a chancelaria.
Segundo informações da CNN, o avião apreendido na República Dominicana foi levado para a Flórida após o governo americano ter apontado que sua compra violou sanções aplicadas à Venezuela.
Em março, a ditadura de Maduro proibiu aviões da Argentina de sobrevoar o espaço aéreo da Venezuela devido ao caso do avião venezuelano Boeing 747, que ficou retido na região de Buenos Aires de junho de 2022 até fevereiro deste ano, quando foi enviado para os Estados Unidos.
O cargueiro Boeing 747-300M Dreamliner era da empresa iraniana Mahan Air e havia sido comprado pela Emtrasur, subsidiária da companhia aérea venezuelana Conviasa, empresas sancionadas pelo Departamento do Tesouro americano.
Após a partida do avião, Maduro chamou de “ato vil, criminoso e ultrajante” a decisão americana de “desmembrar” a aeronave em Miami e criticou o presidente argentino, Javier Milei.
“Eles roubaram nosso avião da Emtrasur. O bandido do Milei roubou o avião da Venezuela. Javier Milei, o herói da extrema direita dos sobrenomes ilustres, roubou um grande avião da Venezuela, de vocês, trabalhadores da Conviasa. O louco Milei, ele é louco ou louco ou os dois ao mesmo tempo? Ah, mas ele roubou um avião da Venezuela!”, declarou o ditador à época.