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Rússia ataca regiões da Ucrânia com dezenas de drones iranianos

As tropas da Rússia lançaram na madrugada desta sexta-feira (6) um total de 44 drones kamikaze Shahed contra 13 das 24 regiões da Ucrânia, dos quais as defesas aéreas de Kiev conseguiram abater 27, uma taxa de intercepção muito inferior à habitual.

Segundo a Força Aérea ucraniana, os drones foram lançados da região russa de Kursk, do território de Primorsko-Akhtarsk e da península ocupada da Crimeia.

Durante o ataque, no qual a Rússia também disparou um míssil aéreo guiado Kh-59 e um míssil Kh-31P, as defesas aéreas ucranianas foram ativadas sobre o território das regiões de Kiev e Chernihiv (norte), Kirovograd, Dnipropetrovsk e Poltava (centro), Kharkiv e Sumy (nordeste), Mykolayiv e Kherson (sul), Zaporizhzhya (sudeste), Donetsk (leste) e Lviv e Vinitsia (oeste).

Nos últimos dez dias, a Rússia lançou ataques massivos de drones em território ucraniano quase diariamente. Em algumas ocasiões, a barragem de drones foi acompanhada por um grande número de mísseis.

A Ucrânia ainda não reportou nenhuma morte ou grandes danos materiais no ataque da madrugada desta sexta-feira.

Neste mesmo dia, os Estados Unidos anunciaram uma ajuda militar adicional para a segurança de Kiev durante uma reunião de líderes ocidentais na Alemanha. Ao todo, serão enviados US$ 250 milhões para o país agredido pelo regime de Vladimir Putin.

Zelensky pede a aliados que pressionem Rússia a acabar com guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta sexta aos aliados na base aérea alemã de Ramstein que aumentem a pressão sobre a Rússia para forçar Moscou a pôr fim à guerra nos próximos meses.

“Façamos com que este outono (no hemisfério norte) seja o momento em que caia a agressão russa, de uma forma que ponha fim à guerra e restaure uma ordem internacional de segurança confiável”, disse Zelensky na abertura da reunião dos aliados da Ucrânia na base alemã.

O presidente ucraniano pediu aos seus parceiros que intensificassem o envio de armas para a Ucrânia e permitissem que Kiev atingisse alvos militares localizados em todo o território russo com os mísseis de longo alcance que lhe foram enviados para “exercer pressão decisiva sobre a Rússia”.

“Queremos acabar com esta guerra, queremos a paz”, acrescentou Zelensky, que frisou que é o ditador russo, Vladimir Putin, “que não quer a paz e está obcecado com a conquista do nosso território”.

“Ele quer as nossas cidades ou as ruínas que delas restem. A Rússia deve ser forçada a fazer a paz”, afirmou.

Para atingir este objetivo, o chefe de Estado ucraniano destacou também a importância de a Ucrânia continuar a aumentar sua própria produção de armas e pediu aos seus parceiros que contribuíssem com financiamento para continuar a expandir a indústria militar.

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