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Papa pede desculpas após jornais relatarem que usou termo chulo

O papa Francisco, ao final da missa do Dia Mundial da Criança, no Vaticano, no último domingo (26)| Foto: EFE/EPA/MASSIMO PERCOSSI

O Vaticano divulgou nesta terça-feira (28) um comunicado por meio qual o papa Francisco pediu desculpas após jornais italianos terem relatado que ele teria utilizado um termo chulo para se referir a homossexuais durante uma reunião a portas fechadas com bispos no último dia 20 no Vaticano.

“O papa nunca teve a intenção de ofender ou se expressar em termos homofóbicos e estende as suas desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo, conforme relatado por outros”, disse o Vaticano.

“Como ele [papa Francisco] disse em diversas ocasiões, ‘na Igreja há lugar para todos, para todos! Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há espaço para todos. Da forma como somos, todos nós’”, apontou o comunicado.

Os jornais italianos La Repubblica e Corriere della Sera haviam informado na segunda-feira (27) que, na reunião da semana passada, quando foi abordada a possibilidade de admissão de candidatos abertamente homossexuais nos seminários, o papa Francisco, “embora reiterando como sempre a necessidade de acolher todas as pessoas” (segundo o Corriere della Sera), disse “não”, e em “tom coloquial”, afirmou que nos seminários “já existe ‘frociaggine’ demais”.

O termo chulo em italiano pode ser traduzido como “viadagem”. Bispos que participaram do encontro disseram ao Corriere della Sera que, “em vez de constrangimento”, a frase foi recebida com “algumas risadas incrédulas”, como uma “gafe” cometida por Francisco: pelo italiano não ser sua língua materna, “era evidente que o papa não tinha consciência de quão ofensiva é a palavra em italiano”, argumentaram.

A informação foi publicada a princípio pelo site Dagospia e depois foi divulgada pelo La Repubblica e pelo Corriere della Sera.

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