Na ONU, Israel critica “jihadistas selvagens” e faz comparação com o nazismo
O representante de Israel, Gilad Erdan, fez um discurso duro contra o Irã durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU. Durante o encontro de emergência que aconteceu neste domingo (14), em Nova York, Erdan fez comparações entre o regime dos aiatolás e o nazismo.
“O regime dos aiatolás age como regime nazista. E seu exército inclui o Hamas, a Jidah Palestina, o Hezbollah, os Houthis, as guardas revolucionárias e outros jihadistas selvagens”, criticou. Irã alegou que o ataque foi em autodefesa.
“O regime dos aitolás tem um plano muito claro. O seu objetivo tem sido levar a revolução xiita mundo afora. Todos vocês sabem disso. O regime de hoje não é diferente do Terceiro Reich. E os aiatolás não são diferentes de Adolf Hitler”, disse Erdan. Neste sábado (13), o Irã lançou um ataque com mais de 200 drones e mísseis. A Guarda Revolucionária iraniana também capturou um navio de contêineres de um empresário israelense.
“O direito do Irã de autodefesa foi exercido, como colocado no artigo 51 da carta da ONU. Essa ação, já concluída, foi necessária e proporcional. Ela foi precisa e teve como alvo apenas militares. Foi feita de forma cuidadosa para prevenir vítimas entre civis”, respondeu Saeid Iravani, representante do Irã. Iravani se referiu ao ataque de Israel ao consulado do Irã na cidade de Damasco, na Síria, no último dia 1º. Segundo ele, os ataques de sábado teriam sido uma resposta a Israel.
O representante iraniano também afirmou que “os grupos de resistência não são nossos representantes, eles são legitimados e lutam contra a ocupação de Israel nos territórios ocupados na Palestina”. Apesar disso, Iravani acrescentou que o país não tem interesse em começar uma guerra na região.
“Irã não se importa com o islã ou com os muçulmanos”, afirmou representante de Israel
“Ontem à noite, o Irã provou, mais uma vez, que ele não se importa com o islã ou com os muçulmanos. O ataque do Irã feriu uma menina beduína de 7 anos”, afirmou Gilad Erdan. O representante israelense mostro um vídeo em que Israel intercepta mísseis que destruiriam uma mesquita em Jerusalém. “Para o Irã, desestabilizar a região é mais importante do que os lugares sagrados do islamismo”, reforçou.
Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, os países condenaram os ataques realizados por Irã e parabenizaram Israel por ter evitado os ataques.
Diversos países também pediram pela liberação da tripulação e da embarcação tomada pelo Irã.
A reunião foi liderada por Vanessa
Frazier, presidente do Conselho de Segurança e representante de Malta. “A situação
do Oriente Médio corre o risco de sair do controle se não dermos um passo para
trás”, ressaltou Frazier.
Países membros do G7 condenaram “energicamente” o ataque do Irã contra Israel e pediu moderação de todas as partes envolvidas e o cessar-fogo no Oriente Médio. O G7 é formado por Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Canadá, considerados os sete países mais industrializados do mundo.