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Maduro volta a acusar Israel de genocídio em Gaza

O ditador Nicolás Maduro tem se posicionado como um forte crítico de Israel desde o início da guerra contra os terroristas do Hamas| Foto: EFE/ Rayner Peña R.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (27) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “é o Herodes desta época”, por “bombardear crianças muçulmanas e cristãs” e “passar por cima” da Corte Internacional de Justiça (CIJ), tribunal máximo da ONU.

“Netanyahu é o Herodes desta época (…) E o que dizem os Estados Unidos? E o que diz a Europa? Eles estão em silêncio. Silêncio genocida (…) Um dos genocídios mais terríveis (…) que a humanidade viveu desde a época de Hitler”, afirmou Maduro em seu programa semanal na rede de televisão estatal venezuelana VTV.

Embora ele tenha falado em “silêncio”, os países da União Europeia (UE) concordaram nesta semana em solicitar uma reunião com Israel para avaliar o respeito aos direitos humanos nesse país no âmbito de seu acordo bilateral.

O alto representante da UE para Relações Exteriores e Segurança, Josep Borrell, disse que o bloco havia colocado a situação em Gaza no topo de sua agenda, no mesmo dia em que um ataque israelense em uma “zona segura” de Rafah provocou a morte de civis e gerou novas críticas internacionais sobre como o conflito é conduzido.

Por sua vez, Netanyahu afirmou que as mortes de civis em Rafah foram resultado de um “trágico acidente”, em meio a operações que eliminaram dois membros de alto escalão do Hamas que estavam no meio da população deslocada.

Já o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, pediu às autoridades israelenses que realizem uma “investigação completa e transparente” sobre o ataque.

Na última sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça exigiu que Israel “interrompesse imediatamente” sua ofensiva militar em Rafah e ordenou que “garantisse acesso desimpedido” a qualquer missão que buscasse investigar as acusações contra as autoridades israelenses de genocídio na Faixa de Gaza. (Com Agência EFE)

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