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Kremlin ameaça Reino Unido se Kiev usar armas britânicas na Rússia

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov: Rússia ameaça atacar Reino Unido e, caso de apoio direto à Ucrânia| Foto: EFE/EPA/PAVEL BEDNYAKOV/SPUTNIK/KREMLIN

A Rússia ameaçou o Reino Unido nesta segunda-feira (6) com ataques a suas bases militares dentro e fora da Ucrânia se este país usar armas britânicas em suas operações contra o território russo.

O embaixador britânico em Moscou, Nigel Casey, “foi avisado de que a resposta aos ataques ucranianos com armas britânicas contra o território russo poderia ser a qualquer base ou equipamento militar do Reino Unido dentro ou fora do território da Ucrânia”, declarou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Casey foi chamado pela chancelaria russa depois das declarações do ministro de Relações Exteriores britânico, David Cameron, nas quais afirmou que Kiev tem o direito de atacar alvos na Rússia com armas fornecidas por Londres.

“A Rússia vê as palavras de Cameron como uma confirmação da grave escalada e do crescente envolvimento de Londres em ações militares do lado de Kiev”, disse o Ministério das Relações Exteriores russo.

Moscou transmitiu ao embaixador britânico um “forte protesto”, alegando que as declarações de Cameron contradizem afirmações anteriores de que os mísseis de cruzeiro fornecidos por Londres “em nenhum caso seriam usados em território russo”.

Casey foi alertado sobre as “consequências catastróficas de tais medidas hostis por parte de Londres” e foi instado a “refutar da maneira mais forte e inequívoca as declarações belicosas e provocativas de seu chefe”.

O embaixador francês também foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores russo nesta segunda, após declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que novamente insistiu que não descarta, se necessário, o envio de tropas da Otan para a Ucrânia.

“Estamos vendo uma escalada verbal por parte dos representantes oficiais. Vemos isso tanto no nível de chefes de Estado, quando se trata da França, quanto em um nível mais especializado, quando se trata da Grã-Bretanha”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva. (Com Agência EFE)

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