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Israel mira hospital que possui “bunker” com milhões do Hezbollah

As Forças de Defesa de Israel (FDI) colocaram em sua mira o Hospital Geral Sahel, em Beirute, capital do Líbano, por haver em seu subsolo um bunker do Hezbollah, no qual o grupo xiita teria guardado cerca de meio bilhão em ouro e cédulas.

A construção subterrânea “neste momento” abriga centenas de milhões de dólares, de acordo com Daniel Hagari, porta-voz das FDI. O jornal israelense Times of Israel e as FDI calcularam o valor em cerca de US$ 500 milhões.

“No coração de Beirute, sob o hospital “Al- Sahel”, encontra-se um dos abrigos de Hassan Nasrallah. Segundo estimativas que temos, nesse abrigo há pelo menos meio bilhão de dólares, em notas e ouro. Esse dinheiro poderia e ainda pode ser usado para a reconstrução do Líbano”, disse o perfil em árabe das FDI no X.

Hagari fez o anúncio depois que as forças israelenses atacaram mais de dez agências do banco al Qard al Hassan em todo o Líbano neste domingo (20), inclusive nos subúrbios ao sul de Beirute e nas proximidades do aeroporto.

Pouco tempo depois, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, assinou uma ordem declarando a instituição financeira afiliada ao Hezbollah e que também é usada por libaneses comuns, como uma organização terrorista.

Hagari pediu ao governo e às autoridades libanesas, assim como às organizações internacionais, que “não permitam que o Hezbollah use seu dinheiro para o terrorismo e para atacar Israel” e deu a entender que não atacou o hospital para evitar um massacre de civis.

O porta-voz disse que as FDI monitoram o hospital há muito tempo e que não atacará suas instalações “em si”, mas não entrou em detalhes.

Em outras ocasiões, quando Israel pediu às autoridades libanesas que tomassem medidas para controlar as atividades do Hezbollah, acabou atacando essa infraestrutura, como quando disse que o grupo terrorista xiita estava usando a passagem de fronteira de Masnaa, entre o Líbano e a Síria, para contrabandear armas.

Israel diz ter matado na Síria comandante do Hezbollah que transferia armas do Irã

Ainda nesta segunda, o porta-voz Hagari anunciou que, em um ataque aéreo em Damasco, na Síria, Israel matou o comandante da unidade do Hezbollah responsável pela transferência de armas do Irã.

Hagari não revelou o nome, nem deu mais detalhes sobre o comandante, mas disse que ele estava no cargo há apenas algumas semanas, depois que seu antecessor, Muhamad Jafar Qasir, foi morto em outro ataque israelense em Beirute, em 1º de outubro.

De acordo com uma fonte militar citada sob condição de anonimato pela agência de notícias oficial síria Sana, ao menos duas pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas nesta segunda-feira nesse ataque com mísseis guiados que teve como alvo um carro no movimentado bairro de Mezzeh, em Damasco.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que é ligado à oposição no país árabe, um dos mortos não é de nacionalidade síria.

Mezzeh é um dos bairros mais ricos da capital da Síria, onde estão localizadas embaixadas e residências de membros da Guarda Revolucionária, líderes de facções palestinas e comandantes de alto escalão do Hezbollah. Por isso, esse bairro se tornou alvo recorrente de ataques israelenses nas últimas semanas.

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