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Israel bombardeia Irã em resposta a ataque com mísseis

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizam na madrugada deste sábado (26, horário local) um ataque contra o Irã, em resposta a uma ofensiva com mísseis de Teerã contra o território israelense no último dia 1º.

As FDI confirmaram que estão realizando “ataques precisos” a alvos militares iranianos, em resposta a “meses de ataques contínuos do regime do Irã contra o Estado de Israel”.

“O regime do Irã e seus representantes na região têm atacado Israel implacavelmente desde 7 de outubro [de 2023, data dos ataques terroristas do Hamas] — em sete frentes —, incluindo ataques diretos a partir do território iraniano”, disseram as forças israelenses num comunicado, segundo o jornal The Times of Israel.

“Como qualquer outro país soberano do mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder”, acrescentaram as FDI, que afirmaram que suas “capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas” e que “farão o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”.

A Fox News apontou que a Casa Branca foi informada sobre o ataque ao Irã pouco antes deste ter início. Logo depois, o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos declarou que o país não está participando da ação.

“Fomos informados de que Israel está conduzindo ataques direcionados contra alvos militares no Irã como um exercício de autodefesa e em resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã contra Israel em 1º de outubro. Solicitamos que procurem o governo israelense para mais informações sobre sua operação”, disse Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, numa declaração publicada pela imprensa americana.

Agências iranianas relataram explosões fortes na capital Teerã e na cidade vizinha de Karaj. Citando informações da imprensa árabe, o jornal The Jerusalem Post mencionou relatos de explosões na região do Aeroporto Internacional Íman Khomeini, na capital iraniana, e nas cercanias da sede do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

Ainda não há confirmação oficial de quais locais específicos foram visados, mas um oficial israelense, cujo nome não foi divulgado, disse à emissora americana NBC que Israel não atacou instalações nucleares ou campos de petróleo iranianos e está se concentrando em alvos militares.

“Estamos mirando coisas que podem ter nos ameaçado no passado ou podem nos ameaçar no futuro”, disse o oficial.

A agência de notícias estatal síria Sana relatou que, em paralelo aos bombardeios no Irã, Israel atacou alvos militares no sul e na região central da Síria.

No dia 1º, o Irã realizou um ataque com cerca de 200 mísseis a Israel, uma resposta de Teerã à morte do líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, e à incursão terrestre israelense no sul do Líbano.

A maioria dos mísseis foi interceptada, mas um cidadão palestino foi morto em Jericó, na Cisjordânia, e duas pessoas foram levemente feridas por estilhaços em Tel Aviv.

Em abril, Teerã já havia realizado um ataque ao território israelense em resposta a um bombardeio (atribuído a Israel) ao consulado iraniano na Síria que matou um importante líder militar do regime dos aiatolás no início daquele mês, o brigadeiro-general da Guarda Revolucionária Mohamed Reza al Zahedi.

Foram mais de 300 drones e mísseis iranianos, dos quais 99% teriam sido interceptados por Israel e forças aliadas, de países como Estados Unidos, Reino Unido e França. Ninguém foi morto e não houve feridos graves. Israel deu a tréplica dias depois, com um ataque à região de uma base militar na província iraniana de Isfahan.

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