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Ditadura de Maduro prende líder opositor apoiador de Maria Corina: 154 já foram detidos %%page%%

A prisão de Eduardo Labrador, deputado do Conselho Legislativo do estado de Zulia, foi denunciada nesta sexta-feira (18 de outubro) pela oposição venezuelana. Labrador, que já integrou as fileiras do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) até 2019, foi detido por agentes da polícia estadual na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, quando tentava visitar sua filha em Cartagena das Índias.

Segundo o Infobae e o Epoch Times, a prisão de Labrador não foi acompanhada de uma acusação formal divulgada publicamente, o que gera preocupação entre seus familiares e aliados. A família teme que ele tenha sido transferido para Caracas, e seus apoiadores denunciam que o caso está inserido em uma campanha mais ampla de repressão política contra a oposição.

A oposição, especialmente o partido Vente Venezuela – liderado por María Corina Machado – e figuras como Henrique Capriles, condenou a prisão. Capriles afirmou em suas redes sociais: “Condenamos a inconstitucional e ilegal detenção de Eduardo Labrador, deputado do Conselho Legislativo de Zulia e professor ativo de LUZ”. Ele ainda destacou que “segue a perseguição e o assédio judicial em Zulia, o uso de instituições para atropelar e tentar calar as vozes democráticas que adversam ao PSUV”. Capriles finalizou com um apelo enfático: “Basta de BARBARIE!”.

O partido Vente Venezuela, por meio de seu Comitê de Direitos Humanos, exigiu a libertação imediata de Labrador e pediu o fim da perseguição política. “Exigimos o fim da perseguição política e sua liberdade imediata”, escreveu o partido nas redes sociais. O Infobae também apontou que o partido pediu que organismos internacionais documentassem o caso como mais uma evidência dos crimes cometidos pelo regime de Nicolás Maduro.

A prisão de Labrador ocorre em meio a uma série de detenções de opositores políticos. Desde o início de 2024, mais de 150 dirigentes antichavistas foram presos por seu envolvimento com a oposição, especialmente em torno das eleições presidenciais de julho, marcadas por acusações de fraude. De acordo com o Epoch Times, o partido Vente Venezuela relatou que há atualmente 154 políticos opositores detidos no país. Fora da esfera política, mais de 2.400 civis foram presos sob acusações de dissidência, com o regime frequentemente classificando esses cidadãos como “terroristas” que estariam buscando desestabilizar a Venezuela.

Outro nome de destaque é Rafael Ramírez, prefeito de Maracaibo, também no estado de Zulia, que foi preso no início de outubro por supostos crimes de corrupção. O Ministério Público alega que sua detenção foi justificada por “suficientes elementos de convicção e provas”, relacionadas a irregularidades na prefeitura. No entanto, a oposição contesta essa versão, afirmando que a prisão de Ramírez é uma represália política, como observado pelo Infobae e pelo Epoch Times.

Dessa forma, a oposição segue denunciando a repressão contínua do regime de Nicolás Maduro contra qualquer tentativa de organização política que não esteja alinhada ao governo, exigindo a libertação dos presos políticos e o fim das perseguições.

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