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Cerca de 100 universitários são detidos em Los Angeles durante protestos

Cerca de 100 estudantes foram detidos nas últimas horas no campus da Universidade do Sul da Califórnia (USC) durante os protestos pró-Palestina, segundo informou nesta quinta-feira (25) a polícia de Los Angeles.

O Departamento de segurança pública da cidade afirmou em sua conta no X que não houve feridos durante as prisões e que as patrulhas enviadas ao campus permanecerão na área pelo menos durante este dia para evitar novos incidentes.

Os policiais chegaram com equipamento de choque à USC na noite desta quarta-feira (24) e prenderam inicialmente pelo menos 35 pessoas enquanto se dirigiam para desocupar um acampamento no centro do campus, erguido para protestar contra a guerra entre Israel e o Hamas, segundo relatou o jornal Los Angeles Times.

“Vergonha! Vergonha!”, gritavam os manifestantes enquanto a polícia conduzia estudantes e ativistas para fora do campus. Os estudantes montaram o acampamento no Alumni Park, onde está prevista a cerimônia de formatura da universidade no próximo mês.

O acampamento foi montado antes do amanhecer de quarta-feira e cresceu rapidamente à medida que estudantes, alguns vestidos com keffiyehs palestinos e segurando cartazes de “Palestina Livre” e “Zona liberada”, tocavam tambores e gritavam palavras de ordem pró-Palestina.

O acampamento da USC faz parte de um número crescente de manifestações lideradas por estudantes que surgiram em campi universitários nos Estados Unidos desde a semana passada. A iniciativa surgiu depois de mais de 100 detenções terem ocorrido em um acampamento da Universidade de Columbia, em Nova York, o que gerou protestos de solidariedade em diversas universidades, de Massachusetts à Califórnia.

Segundo as autoridades, os protestos até agora se espalharam por Texas, Novo México, Califórnia, Connecticut, Michigan, Minnesota, Illinois e Washington.

Dentro dos EUA, a classe política posicionou-se principalmente contra os protestos, marcados também por alguns incidentes envolvendo grupos judaicos de esquerda, o maior deles denominado “Vozes Judaicas pela Paz”, muito ativo no campus.

O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, anunciou que irá nesta quinta à Universidade de Columbia, em Nova York – epicentro dos protestos e onde começou o movimento estudantil – e dará uma coletiva de imprensa com alguns dos pares republicanos. (Com Agência EFE)

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