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Casa Branca não descarta que Biden comute a pena do filho

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, não descartou nesta quarta-feira (12) a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comutar a sentença do filho, Hunter, que nesta terça-feira (12) foi condenado por três acusações de compra e posse ilegal de arma de fogo.

Hunter pode receber uma pena máxima de até 25 anos de prisão pelos crimes pelos quais foi condenado, embora a sentença seja geralmente menor para aqueles que, como neste caso, não têm antecedentes criminais.

“Não falei com o presidente sobre isso desde que o veredicto foi anunciado e, como todos sabemos, a audiência de sentença ainda não foi marcada”, disse a porta-voz da Casa Branca sobre uma possível comutação, falando aos repórteres no avião de Biden para a cúpula do G7 na Itália.

A Constituição dos EUA dá ao presidente o poder de reduzir a severidade de uma sentença imposta a alguém condenado por um crime, o que abre a possibilidade de Biden reduzir a punição do filho.

Além disso, de acordo com a Constituição, o presidente pode conceder um perdão aos condenados por um crime, embora Biden já tenha dito que não usará esse poder.

Em uma entrevista concedida neste mês à emissora ABC News, o presidente respondeu com um “sim” conciso quando perguntado se havia descartado a possibilidade de perdoar seu filho.

Um perdão presidencial, que Biden prometeu não usar, significa que a pessoa condenada não precisa cumprir a sentença, enquanto no caso de uma comutação, a gravidade da sentença é reduzida, mas uma parte dela deve ser cumprida.

Um júri em Wilmington, no estado do Delaware, onde os fatos ocorreram, considerou Hunter Biden culpado de todas as três acusações, e um juiz deve agora marcar uma data para uma audiência de sentença.

Hunter Biden foi acusado de ter comprado um revólver Colt Cobra calibre 38 em 2018, mentindo que não estava usando drogas, apesar de mais tarde ter admitido que estava lutando contra o vício em crack à época.

O filho do presidente, de 54 anos, reconheceu publicamente que lutou durante décadas contra o vício em álcool e drogas, o que foi exacerbado após a morte de seu irmão Beau, em 2015, em decorrência de um tumor cerebral.

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