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Candidato quer que juíza chavista seja afastada da revisão eleitoral

Enrique Márquez alegou que a presidente do TSJ e da Sala Eleitoral do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, nunca escondeu suas ligações com o chavismo| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

O ex-candidato à presidência Enrique Márquez ingressou com uma ação nesta terça-feira (20) no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela para que a presidente da corte e da Sala Eleitoral do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, seja afastada do processo de revisão dos resultados da eleição presidencial de 28 de julho.

Segundo informações do site Efecto Cocuyo, Márquez alegou que Rodríguez tem relações claras com a ditadura chavista: foi vereadora e prefeita de Caracas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), legenda de Nicolás Maduro.

“Um juiz não pode fazer justiça se não for imparcial”, disse Márquez. “Colocamos na ação cada uma das provas que temos para demonstrar efetivamente como a presidente da Sala Eleitoral não escondeu as suas ligações políticas”, afirmou.

O TSJ, controlado pelo chavismo, está revisando o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que enviou suas atas de votação – que apontariam vitória de Maduro – para a corte, mas ainda não as divulgou publicamente, contrariando pedidos da comunidade internacional e de outros candidatos da eleição presidencial venezuelana.

Porém, segundo relatos, o TSJ não vem permitindo que fiscais e especialistas dos partidos da oposição acompanhem a perícia.

“Se o CNE não tem nada a esconder, se o TSJ não tem nada a esconder, se o governo não tem nada a esconder, porque não permitem que os partidos e candidatos observem e testemunhem o que está acontecendo? Ninguém sabe o que realmente estão fazendo”, disse Enrique Márquez.

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