Candidato nos EUA, Robert Kennedy Jr denuncia Meta por censura
Robert F. Kennedy Jr., o principal candidato independente nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, denunciou nesta segunda-feira (13) a empresa de tecnologia Meta e o CEO, Mark Zuckerberg, por censura.
O político argumentou em uma ação judicial em um tribunal da Califórnia que um curta-metragem biográfico sobre sua vida e ativismo ambiental chamado “Quem é Bobby Kennedy?” foi “censurado no Facebook e no Instagram” após o lançamento, em 3 de maio, segundo um comunicado.
RFK Jr. afirmou que após o lançamento do curta-metragem, narrado pelo ator Woody Harrelson, usuários do Facebook e do Instagram não puderam compartilhá-lo ou publicá-lo, e a Meta ofereceu explicações “contraditórias” e até mesmo “ameaças sobre as consequências adversas” de fazê-lo.
“Isso vai além de restringir a liberdade de expressão sobre questões e ideias. A Meta está censurando um filme biográfico sobre um candidato importante em um ano eleitoral. Como os eleitores podem tomar uma decisão fundamentada se lhes são negadas informações básicas sobre a vida de um candidato?”, comentou.
O advogado de Robert Kennedy Jr., Rick Jaffe, especializado na primeira emenda à Constituição americana, que protege a liberdade de expressão, disse que o caso chama a atenção “para a censura de candidatos políticos por gigantes das redes sociais como a Meta”, que também é proprietária do WhatsApp.
“Não tenho dúvidas de que esse caso abrirá um precedente, já que os americanos confiam cada vez mais nas redes sociais para moldar suas opiniões e valores”, acrescentou o advogado, que pediu indenização por danos e uma liminar impedindo a Meta de “continuar interferindo” nas eleições.
Nesta segunda-feira, um estudo realizado por dois professores da Universidade Stanford foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, que conclui que o Facebook e o Instagram têm influência limitada sobre os eleitores na época das eleições, após o maior exercício de desconexão de redes sociais até hoje.
Recentemente, o político independente ganhou manchetes quando a imprensa dos EUA revelou que seus médicos lhe disseram, anos atrás, que ele tinha um verme parasita morto no cérebro, o que explicaria os problemas cognitivos que sofreu no passado, mas que, segundo ele, não o afetam mais.
Embora Kennedy tenha chances mínimas de tirar a presidência dos EUA de democratas ou republicanos, sua presença na cédula pode causar danos a um dos dois grandes partidos, especialmente aos democratas.