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Brasil tenta dar “fôlego” a Maduro

Em um vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (6), o ex-presidente colombiano Iván Duque (2018-2022) acusou os governos de esquerda do Brasil, da Colômbia e do México de buscar dar “fôlego” ao ditador Nicolás Maduro na Venezuela.

Os três países cobram para que o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgue as atas de votação da eleição presidencial do último dia 28, que o órgão eleitoral afirma ter sido vencida por Maduro.

A oposição venezuelana disponibilizou na internet cópias das atas de votação que comprovam que seu candidato, Edmundo González, venceu o pleito.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo chavismo, vai revisar o resultado oficial do CNE, que enviou suas atas de votação – que apontariam vitória de Maduro – para a corte esta semana, mas ainda não as divulgou publicamente, contrariando pedidos da comunidade internacional e de outros candidatos da eleição presidencial venezuelana.

No vídeo, Duque alegou que as atas divulgadas pela oposição já comprovam sua vitória e que a revisão do resultado do CNE pelo TSJ é apenas uma manobra para que Maduro siga no poder.

“Agora, o que se quer armar é que o Tribunal Supremo de Justiça trate de anular a eleição e abrir espaço para que Nicolás Maduro convoque novas eleições com o apoio dos governos do Brasil, da Colômbia e do México, para dar tempo e fôlego para o ditador ganhar quatro, cinco meses, e intimidar, perseguir e cercear direitos e assim seguir no poder. Isso não podemos permitir”, disse Duque.

Durante o governo dele, Colômbia e Venezuela romperam relações, restabelecidas pelo seu sucessor, Gustavo Petro.

No vídeo, Duque pediu ainda “que se duplique, triplique ou quadriplique, se for o caso, a recompensa pela cabeça de Nicolás Maduro pela Justiça dos Estados Unidos, que o Tribunal Penal Internacional [TPI] acelere os processos e a judicialização de Nicolás Maduro com todas as provas da sistematização dos crimes que cometeu”.

Em março de 2020, o Departamento de Estado americano ofereceu uma recompensa de até US$ 15 milhões por informações que levem à prisão e/ou condenação de Maduro, indiciado por um tribunal federal de Nova York por acusações de narcoterrorismo, conspiração para levar cocaína para os Estados Unidos, posse de metralhadoras e dispositivos destrutivos e conspiração para posse de metralhadoras e dispositivos destrutivos.

Após uma análise preliminar, a procuradoria do TPI decidiu em novembro de 2021 abrir investigações contra o governo da Venezuela por acusações de crimes contra a humanidade e violações de direitos humanos.

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