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Biden diz que quis “unir” os EUA ao desistir da campanha

No seu primeiro discurso desde que anunciou no último domingo (21) que não tentará a reeleição, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que sua decisão de desistir da corrida eleitoral foi tomada com o objetivo de “unir” o país.

O democrata fez um pronunciamento transmitido na noite desta quarta-feira (24) do Salão Oval da Casa Branca.

“Acredito que é do interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como presidente durante o resto do meu mandato”, disse Biden.

“Decidi que o melhor caminho a seguir é passar o bastão para uma nova geração. Essa é a melhor maneira de unir nossa nação”, afirmou o presidente.

Desde o seu desastroso desempenho no debate do final de junho contra Donald Trump, candidato republicano à presidência pela terceira eleição consecutiva, o democrata vinha sofrendo pressão de parlamentares e outras lideranças do seu partido, de doadores de campanha e da imprensa progressista americana para desistir da disputa.

Após o anúncio da sua desistência, sua vice-presidente, Kamala Harris, deve assumir a vaga e concorrer contra Trump na eleição de 5 de novembro. No discurso, Biden a chamou de “experiente”, “durona” e “capaz”.

“A defesa da democracia é mais importante que qualquer título. Retiro força e encontro alegria ao trabalhar para o povo americano. Mas esta tarefa sagrada de aperfeiçoar a nossa união não é sobre mim. É sobre vocês. Suas famílias. Seu futuro. É sobre ‘nós, o povo’”, disse, citando a abertura da Constituição dos Estados Unidos.

“O melhor dos Estados Unidos é isso: reis e ditadores não mandam. O povo manda. A história está nas suas mãos. O poder está nas suas mãos. A ideia dos Estados Unidos está nas suas mãos”, afirmou Biden, que alegou que o país decidirá na próxima eleição entre “seguir adiante ou ir para trás, entre amor e ódio”.

O democrata disse que, nos seus seis últimos meses de presidência, buscará, entre outros pontos, “pedir uma reforma da Suprema Corte, porque isso é essencial para a democracia”, seguir apoiando a Ucrânia na guerra contra a Rússia e trabalhar por um cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza.

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