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Tor: navegador de uso anônimo nega que foi invadido após prisão de usuário

O navegador Tor, bastante usado para navegação sem rastros na internet e acesso a páginas da dark web, se manifestou após acusações de que ele teria sido comprometido e não seria mais anônimo. O Tor Project, responsável pelo programa, garante que ele ainda é seguro para usar e normalmente não permite a identificação de usuários.

O grupo se manifestou após um caso ocorrido na Alemanha. Um usuário do Tor teve a identidade revelada durante investigações policiais e foi preso por envolvimento com distribuição de materiais de abuso infantil.

As informações sobre a prisão e a investigação ainda são escassas, mas o navegador diz que não forneceu dados e nem sofreu qualquer tipo de brecha por parte de invasores.

A interface do navegador Tor.A interface do navegador Tor.Fonte:  Tor 

“Para a grande maioria dos usuários em todo o mundo que precisam proteger sua privacidade enquanto navegam na internet, o Tor ainda é a melhor solução. Incentivamos todos os usuários do Tor e operadores de retransmissão a sempre manter as versões do software atualizadas”, diz a nota.

O que aconteceu nesse caso?

De acordo com o comunicado oficial, o usuário usava um serviço de mensagens dentro do Tor chamado Ricochet — em uma versão antiga e desatualizada, sem alguns protocolos de segurança essenciais que foram implementados. Dessa forma, usuários atuais do navegador e de outros serviços do projeto quem estão com tudo devidamente atualizado seguem protegidos e anônimos.

A polícia alemã teria encontrado o suspeito após analisar o tempo em que pacotes de dados se moviam entre os nós dos servidores do Tor. Dessa forma, foi possível determinar a localização geográfica aproximada da conexão e solicitar às operadoras locais via ordem judicial dados de acesso que permitissem a identificação.

As investigações na Alemanha foram realizadas entre 2019 e 2021. A implementação do protocolo Vanguards-lite, que reduz ainda mais as chances de identificação de um usuário, foi adicionada em 2018, mas só funcionava em programas devidamente atualizados.

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