Quais são as Leis de Kepler? A ciência responde!
Desde os primórdios, a humanidade observa o céu noturno com curiosidade, buscando entender o que acontece ao nosso redor. O astrônomo Johannes Kepler foi um dos primeiros cientistas a se aprofundar nesse tema. Com as leis de Kepler, ele explicou o movimento dos planetas ao redor do Sol, a fim de compreender melhor o funcionamento do Sistema Solar.
Assim como muitos outros cientistas do passado, Kepler acreditava que os planetas se moviam em órbitas circulares. Por exemplo, a ideia sugere que a Terra poderia girar em um movimento totalmente circular; o que não é verdade.
Em uma publicação oficial, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) explica que Kepler foi levado a reconsiderar essa ideia, pois percebeu que as órbitas não eram exatamente circulares, mas sim elípticas.
A maior distinção é que a elipse é um tipo de círculo levemente alongado ou achatado. Apesar de parecer uma pequena diferença, o entendimento dessa característica foi de extrema importância para que a ciência.
“A utilidade das leis de Kepler se estende aos movimentos de satélites naturais e artificiais, bem como aos sistemas estelares e planetas extrassolares. Conforme formuladas por Kepler, as leis não levam em conta, é claro, as interações gravitacionais (como efeitos perturbadores) dos vários planetas uns sobre os outros”, a enciclopédia Britannica descreve.
Quem foi Johannes Kepler
Em 1609, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler publicou o livro Astronomia Nova, quando apresentou pela primeira vez as duas primeiras leis do movimento dos planetas. Em 1618, ele publicou a terceira lei — mais tarde, elas ficaram conhecidas com o título homônimo.
A descoberta revolucionou a história da astronomia, já que muitos cientistas da época tinham ideias diferentes sobre o movimento dos corpos celestes. Mas Kepler já refletia sobre essas características muito antes da publicação de seu livro mais famoso; em 1596, ele defendeu argumentos a favor do modelo heliocêntrico em sua obra Mysterium Cosmographicum.
Em poucas palavras, o heliocentrismo é a teoria que coloca o Sol no centro do Sistema Solar. Contudo, muitos cientistas do passado seguiam a ideia do modelo geocêntrico e acreditavam que a Terra seria o centro do universo.
Devido às observações descritas pelas leis de Kepler, muitos outros cientistas puderam descobrir novas características do universo e influenciar o desenvolvimento da ciência.Fonte: Getty Images
É importante destacar que Kepler só conseguiu desenvolver suas leis do movimento planetário graças aos estudos e observações do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, outro cientista que contribuiu significativamente para a astronomia.
Além de explicar o movimento dos planetas em torno do Sol, os cálculos de Kepler também se aplicam aos movimentos de satélites naturais, como a Lua, e de satélites artificiais, como aqueles que fornecem internet ao redor do mundo.
Quais são as leis de Kepler
Embora Kepler tenha sido o responsável pela descoberta e formulação das leis do movimento planetário no início do século 17, sua importância foi amplamente reconhecida décadas depois. Especialmente após os trabalhos do matemático e físico inglês Isaac Newton, que conectaram essas leis com a gravitação universal.
Conheça as três leis de Kepler:
- Primeira lei: todos os planetas se movem em órbitas elípticas ao redor do Sol;
- Segunda lei: os planetas se movem mais rápido quando estão mais próximos do Sol e mais devagar quando estão mais distantes
- Terceira lei: o quadrado do período orbital de um planeta (o tempo que ele leva para completar uma volta ao redor do Sol) é proporcional ao cubo da distância média entre o planeta e o Sol.
No contexto da ciência, o trabalho de Kepler influenciou significativamente a vida de outros cientistas, como Galileu Galilei e Isaac Newton, e até hoje continua sendo utilizado para entender as órbitas de corpos celestes no universo. E você, já sabia o que são as três leis de Kepler?
Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos como esse aqui no TecMundo e aproveite para ler sobre a força gravitacional e por que as órbitas planetárias não são perfeitas. Até a próxima!