Prevenção do AVC passa pela alimentação, orientam especialistas
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) mata mais de 5 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. No Brasil, foram 110 mil mortes registradas pela condição somente em 2023. Um dos principais fatores de risco é a hipertensão, que pode ser controlada com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada e redução do sedentarismo.
Esse é o tema do novo episódio do “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista“, que vai ao ar no sábado (13), na CNN Brasil. Para falar sobre os sintomas, o tratamento e, principalmente, a prevenção, dr. Roberto Kalil recebe Sheila Martins, presidente da World Stroke Organization, e Rogério Tuma, neurologista do Hospital Sírio-Libanês.
Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro, mais comum, acontece quando há a obstrução de uma artéria responsável pela irrigação do cérebro. Já o AVC hemorrágico ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo. Apesar de ser menos comum, é mais grave e apresenta maior risco de sequelas.
Os especialistas convidados trazem orientações importantes para identificar os sintomas do AVC. “Tem uma sigla fácil de lembrar, chamada SAMU. Foi criada pelos alunos da Universidade Federal da Bahia, para que as pessoas lembrem dos principais sintomas. Então o ‘S’ de ‘sorria’, para ver se a boca fica torta. O ‘A’ de ‘abrace’ para a pessoa elevar os braços para ver se um braço está fraco. O ‘M’ de ‘mensagem’, ‘música’, então pedi para a pessoa falar alguma coisa e ver se está falando bem. E o ‘U’, de ‘urgente’, ligue SAMU 192”, explica Martins.
Também é importante identificar os fatores de risco para iniciar medidas preventivas contra o AVC. “Nas mulheres jovens, por exemplo, o que a gente tem que pensar sempre é o uso de hormônio. O uso da pílula para evitar a gravidez e que por si só aumenta o risco de eventos trombóticos, de se fazer coágulos”, afirma Tuma.
Prevenção também passa pelo combate ao sedentarismo
De acordo com os especialistas, a prevenção do AVC deve ser feita através do controle da alimentação, do colesterol e do combate ao sedentarismo. “Tudo o que funciona bem para o coração funciona para o cérebro”, diz Tuma.
“O acidente vascular cerebral é a doença que mais mata, é a doença que mais interna. Passou a incidência de infarto do miocárdio, porque o infarto já tem uma cultura de décadas de tratamento emergencial. Hoje é a doença neurológica que mais efeito econômico negativo tem. Porque 1/3 dos pacientes sai com sequelas importantes que demandam a vida de uma outra pessoa, alguém da família ou um cuidador. Então o impacto é mais de R$ 30 bilhões”, afirma o neurologista.
Portanto, os médicos alertam para a importância de procurar atendimento médico o mais rápido possível, para diminuir o risco de sequelas. Caso as sequelas ainda existam, é imprescindível fazer a reabilitação para que esses pacientes possam se readaptar à nova vida.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 13 de abril, às 19h30, na CNN Brasil.
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