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Venezuela confirma identificação de espanhóis presos no país

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, anunciou que o regime da Venezuela já confirmou a identidade e as acusações contra os dois cidadãos espanhóis detidos, segundo Caracas, por suposta “espionagem” como parte de um plano para “desestabilizar” o ditador Nicolás Maduro.

Em entrevista à Catalunya Ràdio, o chefe da diplomacia espanhola detalhou que, no final da semana passada, recebeu a confirmação oficial da prisão e das acusações contra os dois cidadãos espanhóis, conforme havia exigido anteriormente do ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil.

A partir desse momento, como o próprio Albares anunciou, a “proteção diplomática e consular” de José María Basoa Valdovinos e Andrés Martínez Adasme está sendo exercida “para que esses dois compatriotas injustamente detidos na Venezuela possam voltar para onde sempre deveriam estar, ou seja, com suas famílias”.

Questionado sobre as acusações contra eles, o chanceler espanhol evitou responder, argumentando que seu ministério deve “trabalhar com calma” e que os detidos “também têm o direito à privacidade”.

Ele reiterou que os cidadãos espanhóis “não têm nada a ver” com “nenhum órgão público espanhol, muito menos com o CNI (Centro Nacional de Inteligência)”.

Na última sexta-feira (27), Albares se reuniu em Nova York com o vice-ministro das Relações Exteriores venezuelano, Ránder Peña, e exigiu que a Espanha pudesse fornecer acesso consular aos dois espanhóis detidos na Venezuela e que as acusações específicas contra eles fossem divulgadas.

Albares acrescentou que a situação deles é “inaceitável”.

Caracas anunciou a prisão dos dois espanhóis em meio a uma escalada de tensões com Madri, após a chegada à Espanha do ex-candidato opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que solicitou asilo político no país europeu depois de denunciar a fraude eleitoral na Venezuela.

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