Sarah sobrevive em Dual? Entenda final do filme bombando na Netflix
Imagem: Divulgação/RLJE Films
Lançado em 2022 nos cinemas, Dual é um filme de ficção científica com toques de humor sombrio que tem encontrado sucesso renovado na Netflix. Ele conta a história de uma sociedade futurista na qual a “imortalidade” foi encontrada na forma de clones que são concedidas a pessoas que estão no seu leito de morte.
Em troca, elas precisam treinar suas contrapartes para que elas aprendam tudo sobre suas vidas e possam continuá-las como se nada tivesse acontecido. Além disso, os clones precisam lidar com uma grande dívida que é deixada para trás pela “versão original” após ela encontrar a morte.
O conflito de Dual surge do fato de que sua protagonista Sarah (Karen Gillan), embora tenha sido diagnosticada com 98% de chance de morrer, acaba sobrevivendo graças aos 2% que haviam sido negligenciados. Isso cria um conflito direto com seu clone que, segundo as diretrizes do governo, vai ter que batalhar até a morte com sua contraparte original.
O que acontece no final de Dual? Sarah morre?
Durante boa parte de Dual, vemos como Sarah assume um regime de treinamentos bastante intenso para se assegurar de que não vai ser derrotada por seu clone. Ciente disso, ele decide seguir um caminho diferente e, em vez de treinar, bola um plano para eliminar sua “oponente” por vias alternativas.
A “Sarah alternativa” propõe uma trégua com sua versão original, sugerindo que ambas não apareçam na luta e fujam para o Canadá, país no qual não existe a lei que impede um clone de conviver com sua pessoa de origem. No entanto, tudo isso não passa de um plano para enganar a protagonista, que acaba sendo envenenada.
Dual mostra a preparação para uma batalha mortalFonte: Divulgação/RLJE Films
O filme mostra que isso resulta na aparente morte de Sarah, cujo corpo é deixado enterrado em meio a uma floresta. Enquanto isso, sua clone aparece no combate (afirmando ser a personagem) e é declarada a vitoriosa, tendo o apoio tanto da mãe quanto do namorado da protagonista, que estavam cientes do plano (e gostavam mais da nova versão da personagem).
No entanto, isso faz com que o clone tenha que viver uma “vida de mentira” e seja obrigada a passar pelas mesmas situações e relacionamentos de sua versão original. O filme termina com a personagem se arrependendo de ter envenenado a água e de não ter prosseguido com seu plano de viajar até o Canadá, onde poderia ter novas oportunidades.
A história de Dual traz um final agridoce para o público, que em certo ponto é convencido de que Sarah e sua clone finalmente tinham encontrado um meio-termo e passado a entender uma a outra. Ele também deixa claro que, mesmo sendo visualmente iguais à suas origens, os clones na prática são pessoas com desejos e ambições bastante diferentes delas.
Filme deixa pistas para confundir o público
Apesar de Dual dar fortes evidências de que foi o clone que sobreviveu, ele também deixa pistas que confundem um pouco o público. Teorias afirmam que Sarah percebeu o truque do envenenamento e conseguiu trocar as garrafas de água, fazendo com que sua contraparte fosse vítima de seu próprio plano.
Alguns elementos do filme geram dúvida sobre quem realmente sobreviveuFonte: Divulgação/RLJE Films
No entanto, ela ainda assim mantém a farsa, sabendo que sua mãe e seu namorado estão contra ela — o que motivaria seu choro no final do filme. Isso também explicaria o motivo pelo qual a personagem está usando um celular com a tela destroçada, algo a que sua clone não teria acesso (a não ser que fosse muito cuidadosa).
A sobrevivência de Sarah também explicaria por que o treinador Trent (Aaron Paul) não se revoltou com a situação e fez algo para impedir que a contraparte tomasse conta da vida de sua pupila. No entanto, é importante lembrar que todas essas são teorias que não foram confirmadas pelos criadores do filme.
Dirigido por Riley Stearns, Dual teve uma recepção considerada positiva pela crítica especializada, sendo recomendado por 71% dos 155 reviews do site Rotten Tomatoes. Já o público acabou sendo um pouco menos receptivo, embora 62% das análises disponíveis no agregador também recomendem a história.
