EUA se dizem prontos para defender Israel se Hezbollah retaliar ataques no Líbano
Os Estados Unidos estão prontos para proteger Israel contra qualquer ataque que o país possa receber em represália à onda de explosões simultâneas, nos dois últimos dias, de centenas de dispositivos de comunicação como pagers e walkie-talkies que eram de membros do Hezbollah, pela qual o Líbano e o grupo terrorista culpam o governo de Benjamin Netanyahu.
“A capacidade que temos na região é maior do que a que tínhamos em 13 de abril, quando o Irã lançou um ataque contra Israel, por isso estamos confiantes na capacidade que temos lá agora para proteger nossas forças e para defender Israel, se necessário”, declarou nesta quinta-feira (19) a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, em entrevista coletiva.
Singh estava respondendo à possível escalada das tensões após os ataques de terça e quarta-feira que mataram 37 pessoas e feriram outras 3.200 após a explosão de centenas de pagers e walkie-talkies pertencentes a membros do Hezbollah, segundo afirmou a imprensa local.
O grupo xiita apoiado pelo Irã considerou Israel “totalmente responsável” pelo ataque e prometeu “retaliação direcionada” pelo que aconteceu. O Irã também disse que se reserva o direito de responder legalmente ao ataque contra seu embaixador no Líbano, Mojtaba Amani, levemente ferido pela explosão de um pager na terça-feira.
“O presidente (Joe Biden) deixou bem claro que estamos lá para apoiar Israel e sua autodefesa, caso seja necessário”, afirmou Singh, além de enfatizar que os EUA “não estão envolvidos de forma alguma” nos ataques.
A porta-voz disse que os EUA estavam preocupados com a escalada de tensão na região e que, por isso, nas últimas semanas, houve “muito esforço por parte de diferentes autoridades deste governo para avançar em um acordo de cessar-fogo”.
“Acreditamos, em última análise, que a melhor maneira de reduzir as tensões na região é por meios diplomáticos, e é nisso que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, está trabalhando”, declarou.
“Este governo está trabalhando sem parar para garantir que não haja uma guerra regional mais ampla”, finalizou Singh.