EUA aplicam sanções contra mídia estatal russa
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (13) uma nova rodada de sanções contra a mídia estatal russa, acusada de liderar uma campanha de arrecadação de recursos para comprar armas para as tropas russas na Ucrânia e de tentar influenciar a próxima eleição presidencial da Moldávia.
Na semana passada, o Departamento de Estado impôs sanções financeiras contra a emissora RT por supostamente tentar interferir nas eleições dos EUA em 5 de novembro e hoje a destacou por supostamente realizar operações secretas para desestabilizar a democracia em todo o mundo.
Concretamente, a pasta bloqueou os bens da agência de notícias estatal russa Rossiya Segodnya e de seu diretor geral, Dimitry Kiselev, bem como da TV Novosti, que controla a rede RT.
“Os Estados Unidos respeitam e defendem a liberdade de expressão, mesmo quando se trata de veículos de mídia que divulgam propaganda governamental. Mas não ficaremos parados enquanto a RT e outros atores apoiam secretamente as atividades malignas da Rússia”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em entrevista coletiva.
De acordo com a inteligência dos EUA, o vice-editor-chefe da RT e diretor de transmissão internacional da agência Sputnik, Anton Anisimov, está liderando uma plataforma de arrecadação de recursos online para fornecer apoio material às tropas russas na Ucrânia, como franco-atiradores, coletes à prova de balas e drones, alguns dos quais provenientes da China.
O governo presidido por Joe Biden também acredita que a mídia estatal russa está se coordenando diretamente com o Kremlin para influenciar as eleições de outubro na Moldávia, com o objetivo de fomentar protestos violentos no país, caso um candidato pró-russo não vença.
O Departamento de Estado alega que a RT incorporou uma unidade cibernética ligada à inteligência russa em 2023 para coletar informações de todo o mundo para transmiti-las ao Kremlin e influenciar diferentes eventos, além de acusar a Rússia de usar meios secretos para divulgar sua propaganda na África, Europa e América Latina.
O chefe da diplomacia americana também anunciou que os Estados Unidos, juntamente com Reino Unido e Canadá, lançarão uma campanha diplomática para alertar os governos de todo o mundo sobre o funcionamento da “máquina de desinformação russa”.