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Lula deve “elevar voz” contra repressão na Venezuela

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, pediu nesta sexta-feira (6) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “eleve sua voz” contra a repressão intensificada pela ditadura de Nicolás Maduro após a fraude eleitoral no país vizinho.

“Precisamos que a comunidade internacional, especialmente o Brasil e o presidente Lula, eleve suas vozes para que termine a repressão”, disse Machado, em entrevista à jornalista Andréia Sadi e ao programa Estúdio i, da GloboNews.

“Hoje em dia na Venezuela, todos temos medo, não somente de perder nossa liberdade, mas também a nossa vida”, afirmou a líder oposicionista. “Mas eu tenho um compromisso assumido com o povo da Venezuela e não vou abandoná-lo.”

Mais de 2,4 mil pessoas foram presas e ao menos 27 foram mortas na repressão chavista aos protestos contestando a fraude eleitoral na Venezuela.

Machado alegou que o aumento da pressão internacional tornaria inviável a continuidade de Maduro no poder. “Maduro não pode permanecer sem legitimidade, sem apoio, sem possibilidade de conseguir financiamento, sem reconhecimento internacional”, argumentou.

Na última segunda-feira (2), a Justiça da Venezuela, subserviente ao chavismo, emitiu uma ordem de prisão contra Edmundo González, candidato do bloco de Machado na eleição presidencial de 28 de julho.

A ordem foi emitida porque González não atendeu a três intimações para prestar depoimento no âmbito de uma investigação que apura responsabilidades por um site da oposição no qual foram disponibilizadas mais de 80% das atas de votação, comprovando que o candidato oposicionista venceu o pleito – contrariando o resultado oficial, do chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu vitória a Maduro. O mandado de prisão ainda não foi cumprido.

Lula vem cobrando para que as atas de votação oficiais sejam divulgadas. Nesta sexta-feira, o presidente disse que o Brasil e a Colômbia não aceitam o resultado das eleições na Venezuela, “mas não vão romper relações” com Caracas, e também criticou as sanções contra o regime chavista.

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