Oposicionista é preso após participar de protesto contra Maduro
A líder opositora venezuelana María Corina Machado condenou nesta quarta-feira (28) a prisão do coordenador do partido Convergência, Biagio Pilieri, depois dele participar de uma manifestação em Caracas em repúdio à decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou a contestada reeleição do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais.
“Meu absoluto repúdio ao sequestro de Biagio Pilieri e seu filho, Jesús [também detido], hoje”, escreveu Machado no X, numa postagem na qual descreveu o ex-deputado como um “grande amigo”, que quando “dá sua palavra, cumpre”.
“Ele sabia do risco que corria e, mesmo assim, hoje acompanhou os venezuelanos em Caracas como um testemunho de responsabilidade e dedicação a essa causa”, disse ela.
A opositora também disse que o governo venezuelano “perdeu completamente o senso de realidade e esse é mais um sinal de seu colapso”.
Nesta quarta-feira, outros opositores venezuelanos também denunciaram a prisão de Pilieri, bem como a de seu filho, depois de terem sido perseguidos em Caracas por dois carros e três motocicletas após participarem da manifestação em rejeição à decisão do TSJ de validar a “vitória” de Nicolás Maduro.
O Comando com Venezuela – a equipe de campanha de Edmundo Gonzalez Urrutia, o candidato da coalizão majoritária de oposição – compartilhou nas redes sociais vídeos dos veículos que perseguiram Pilieri, bem como o líder Juan Pablo Guanipa, que postou que se livrou de “uma tentativa de prisão”.
A equipe de campanha garantiu que, de acordo com a última localização de seu telefone, Pilieri foi preso e transferido para a sede do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) em Caracas, conhecido como El Helicoide.