Argentina tem menor inflação mensal desde janeiro de 2022
O índice de preços ao consumidor (IPC) da Argentina ficou em 263,4% em julho no acumulado em 12 meses, o que representa a terceira desaceleração consecutiva, informou nesta quarta-feira (14) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
No sétimo mês do ano, os preços ao consumidor cresceram 4% em relação a junho, evidenciando uma desaceleração em relação à taxa mensal de 4,6% registrada no sexto mês.
De fato, o índice mensal de julho é o mais baixo desde janeiro de 2022, quando a variação mensal foi de 3,9%, e está bem abaixo das taxas registradas em dezembro (25,5%) e janeiro (20,6%).
Após o choque da súbita desvalorização do peso argentino ordenada pelo governo Milei assim que assumiu o cargo, em dezembro de 2023, e o impacto de suas primeiras medidas de “choque”, os preços iniciaram uma tendência de queda.
De acordo com o relatório oficial divulgado nesta quarta-feira, os bens no mês passado tiveram uma variação de 3,2% no país em comparação com junho. Os serviços aumentaram 6,4%, números que totalizam 260,5% e 272,6%, respectivamente, na comparação interanual.
Entre os aumentos registrados em julho, destacam-se os de restaurantes e hotéis (6,5%), bebidas alcoólicas e tabaco (6,1%) e habitação, água e eletricidade (6%).
Os alimentos e as bebidas não alcoólicas aumentaram 3,2% em relação a junho e 275,8% no período interanual.
De acordo com o relatório oficial, a inflação argentina acumulou nos primeiros sete meses do ano alta de 87%.
Os preços ao consumidor acumularam um aumento de 211,4% em 2023, a maior taxa desde a hiperinflação de 1989-1990.