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Ejeções da massa coronal trouxeram auroras à Terra no final de semana

Anunciadas desde o final da semana passada, várias ejeções de massa coronal (EMCs) atingiram a magnetosfera da Terra no final de semana. Como consequência, nosso campo magnético foi excitado até os níveis G3, que indicam uma tempestade forte. Na tabela Kp, que mede a intensidade das tempestades magnéticas, isso equivale a valores entre 7 e 8, em uma escala que vai até 9.

Embora uma tempestade geomagnética nível G3 traga preocupações com os possíveis impactos nas comunicações, satélites e redes elétricas, a sua consequência mais bela, auroras em latitudes mais baixas que o habitual, também foram observadas nos céus de Hancock e Kenosha, no nordeste e centro-norte dos EUA, além de Alberta, no oeste do Canadá.

Além das EMCs, vários flares (explosões de energia na superfície do Sol) também ocorreram. Segundo a EarthSky, uma medição realizada nas 24 horas entre as 8h da manhã, no horário de Brasília, de domingo (12) e de segunda-feira (13), registrou 13 flares, dois de intensidade moderada (M) e 11 de baixa intensidade (C).

Impactos das ejeções de massa coronal

As ejeções de massa coronal são megaerupções de plasma e campos magnéticos que são expelidas da coroa solar em direção ao espaço interplanetário. Na prática, são bilhões de partículas carregadas íons e elétrons livres que atingem a magnetosfera a velocidades próximas à da luz, excitando-a.

Conforme o Centro de Previsão do Clima Espacial dos (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), duas EMCs associadas a uma erupção solar de classe M (moderada) foram lançadas à Terra na quarta-feira (7) e, no dia seguinte, mais um flare (este de classe X, de maior intensidade) arremessou mais uma EMC em nossa direção.

Mais auroras e chuva de meteoros nesta segunda-feira (12)

Perseidas no céu sobre Stonehenge, na noite de domingo.Fonte:  Space Today/X 

Embora tenham ocorrido alguns apagões de rádio sobre o Oceano Pacífico no final de semana, outras consequências não foram relatadas a não ser os belos avistamentos e registros de auroras em regiões pouco usuais. Alguns observadores do céu relataram uma coincidência fascinante: o encontro de auroras com a chuva de meteoros Perseidas, cujo pico ocorre nesta segunda-feira (12), segundo o Observatório Nacional (ON).

Em entrevista à EBC, o coordenador do Projeto Exoss do ON, Marcelo De Cicco, explica que a chuva de meteoros Perseidas é visível anualmente de meados de julho até o final de agosto, com duração de 14 de julho a 1 de setembro. Segundo o astrônomo, mesmo com a lua 50% iluminada exatamente durante o pico, esse belo fenômeno astronômico pode ser visto da meia-noite até o amanhecer. 

Feitas de pequenos detritos espaciais do cometa Swift-Tuttle, as Perseidas são amplamente procuradas por astrônomos e observadores, além de oferecer um “show de luzes” no céu noturno. Com a promessa de auroras também para esta segunda-feira (12), os observadores de céu, principalmente no hemisfério norte, poderão testemunhar um evento inesquecível.



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