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Itália repudia prisões de ítalo-venezuelanos na Venezuela

Parentes de presos pelo regime de Maduro aguardam do lado de fora da sede do Corpo da Polícia Nacional Bolivariana (CPNB), em Caracas| Foto: EFE/Henry Chirinos

O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, condenou nesta sexta-feira (2) “as medidas de detenção tomadas contra cidadãos venezuelanos, incluindo ítalo-venezuelanos” após as eleições na Venezuela e expressou sua preocupação “com as contínuas restrições à liberdade de imprensa” no país.

“A Itália está ao lado do povo venezuelano, que expressou sua vontade”, declarou Tajani em comunicado, no qual pediu “respeito ao voto democrático, pisoteado pelas numerosas manipulações do resultado da votação, especialmente na transmissão de dados, registrados por observadores eleitorais independentes”.

Tajani também lembrou a recente declaração dos ministros das Relações Exteriores do G7, do qual a Itália ocupa a presidência temporária, e condenou o uso da força pelo regime de Nicolás Maduro contra os manifestantes.

“Reivindicamos o direito à informação para os jornalistas locais, italianos e internacionais que estão atualmente no país”, acrescentou.

A declaração foi feita depois que as autoridades venezuelanas impediram a entrada no país de dois jornalistas do canal público de televisão italiano RAI1 e os obrigaram a retornar à Itália.

O jornalista Marco Bariletti e o cinegrafista Ivo Bonato chegaram na quinta-feira (1º) ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, e foram separados do restante dos passageiros no controle de passaportes. Posteriormente, foram expulsos de volta para a Itália, denunciaram os dois.

Bariletti explicou que, além disso, depois de forçá-los a pegar um voo de volta da TAP, seus passaportes foram retirados e devolvidos a eles somente depois que aterrissaram em Lisboa.

Conteúdo editado por:Fábio Galão

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