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Milei lança plano de alfabetização na Argentina

O presidente Javier Milei lançou nesta quinta-feira (4) um plano nacional de alfabetização na Argentina (país onde sete em cada dez crianças não entendem o que leem), que aumentará a quantidade de recursos destinados às províncias, assim como exigências impostas a professores e alunos.

“É hora de unir forças entre o governo nacional, os governos provinciais e a sociedade, e escolher novamente esse pilar [alfabetização] que é o ponto de apoio de todo o sistema educacional”, disse Milei em discurso na província de San Juan.

O “coração” do plano é “fornecer recursos e ferramentas aos professores e elevar os padrões, tanto para os professores quanto para os alunos”, explicou Milei.

O plano consiste em “treinar todos os professores em alfabetização”, “dar recursos às províncias” para treiná-los, “avaliar os professores” do governo nacional e “propor incentivos” para que os melhores professores lecionem nas escolas com os piores indicadores de alfabetização, acrescentou.

“Vamos avaliar os alunos mais e mais cedo para identificar alertas em leitura e escrita, antes que seja tarde demais, porque hoje as avaliações do Aprender são realizadas a partir da sexta série e serão antecipadas a partir da terceira série”, disse Milei.

O presidente argentino propôs uma “mudança na cultura educacional” para se diferenciar dos governos kirchneristas dos ex-presidentes Néstor Kirchner, Cristina Kirchner e Alberto Fernández.

“Não vamos ser complacentes com o analfabetismo, porque foi isso que nos trouxe até aqui. Temos que recuperar o valor da exigência e da busca pela excelência. A demanda é boa, não é ruim. A avaliação é boa, não é ruim. Sejamos claros: avaliação não é estigmatização”, disse o mandatário.

As estatísticas detalhadas por Milei mostram que metade dos alunos do ensino fundamental não atinge o nível adequado de compreensão de leitura para a idade, um número que sobe para 70% na sexta série, “portanto, não é de surpreender que, dada essa falha na base, apenas 54% dos que ingressam no ensino médio se formam, e menos de dois em cada dez o fazem em tempo hábil”.

Milei lembrou que a Argentina foi um dos primeiros países do mundo a eliminar o analfabetismo e é o país da região com o maior número de prêmios Nobel. Ele lembrou o ex-presidente Domingo Sarmiento, nascido em San Juan e reconhecido por promover a educação durante seu governo.

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