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Biden fala sobre uso de armas dos EUA contra território russo

Biden disse nesta quinta que Ucrânia não tem autorização para usar armas americanas em solo russo que não esteja próximo de sua fronteira| Foto: EFE/EPA/Daniel Cole

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfatizou nesta quinta-feira (6) que a Ucrânia tem permissão para usar armas americanas apenas contra o território russo que está próximo de sua fronteira, e confessou não estar particularmente preocupado com a última ameaça do ditador russo, Vladimir Putin.

“Não estamos autorizando ataques a 200 milhas dentro da Rússia e não estamos autorizando ataques contra Moscou, contra o Kremlin”, disse o governante em entrevista à emissora ABC News na França, onde foi comemorar o 80º aniversário dos desembarques dos Aliados na Normandia.

O governo Biden deu permissão à Ucrânia no final de maio para atacar dentro da Rússia usando armas fornecidas pelos EUA, como foguetes e lançadores de foguetes, mas apenas perto da fronteira com a área ucraniana de Kharkiv.

Mesmo assim, ficou claro que a Ucrânia não poderia usar essas armas para atacar a infraestrutura civil ou lançar mísseis de longo alcance, como o Sistema de Mísseis Táticos do Exército, para atingir alvos militares na região central da Rússia.

No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse posteriormente aos repórteres que a política dos EUA em relação à Ucrânia evoluiria conforme necessário.

Nesta quarta-feira (5), Putin ameaçou os países ocidentais com uma resposta “assimétrica” caso eles forneçam à Ucrânia armamento de alta precisão para lançar ataques contra alvos em território russo.

A ABC News perguntou a Biden se ele está preocupado com essas últimas declarações.

“Eu o conheço há mais de 40 anos. Estou preocupado há 40 anos. Ele não é um homem decente. Ele é um ditador e está lutando para garantir que manterá seu país unido enquanto continua esse ataque. Não estamos falando de dar-lhes armas para atacar Moscou, o Kremlin. Somente o outro lado da fronteira”, explicou em um trecho da entrevista, que será transmitida na íntegra nesta quinta-feira. (Com Agência EFE)

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