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Nos 80 anos do Dia D, Biden comenta guerra na Ucrânia

Em um evento em comemoração aos 80 anos do Dia D, o desembarque dos Aliados na Normandia que iniciou a virada na Segunda Guerra Mundial, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comparou a luta contra os nazistas ao conflito atual na Ucrânia e chamou o ditador da Rússia, Vladimir Putin, de tirano.

No evento em Courseulles-sur-mer, no litoral norte da França, Biden fez seu pronunciamento após o presidente francês, Emmanuel Macron. Ao contrário da comemoração de 70 anos do Dia D, em 2014, Putin não foi convidado para o evento este ano.

“Hitler e aqueles que estavam ao lado dele pensavam que as democracias eram fracas. Que o futuro pertencia aos ditadores. Aqui, na costa da Normandia, a batalha entre a liberdade e a tirania seria travada naquela manhã de junho”, disse o presidente americano.

“Conhecemos as forças sinistras contra as quais estes heróis lutaram há 80 anos. […] Agressão e ganância, desejo de dominar e controlar, de mudar fronteiras pela força. Estes são perenes. A luta entre uma ditadura e a liberdade é interminável”, continuou Biden.

“Aqui na Europa, vemos um exemplo claro. A Ucrânia foi invadida por um tirano determinado a dominar”, disse Biden, sem falar o nome de Putin. “Os ucranianos estão lutando com uma coragem extraordinária, sofrendo grandes perdas, mas nunca recuando.”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, esteve presente nos eventos do Dia D e deve se encontrar com Biden em Paris nesta sexta-feira (7).

Macron condecorou três veteranos dos Estados Unidos com a Legião de Honra, a mais alta ordem de mérito da França, também comparou o momento atual com a guerra contra os nazistas e se dirigiu a Zelensky.

“Quando olhamos para a volta da guerra ao nosso continente, quando vemos as pessoas questionando os valores pelos quais lutamos, quando vemos aqueles que querem mudar as fronteiras pela força, reescrevendo a história, devemos nos manter dignos e olhar para aqueles que desembarcaram aqui. Vamos ter a coragem deles”, afirmou Macron.

“Aqui está o presidente da Ucrânia: a sua presença aqui hoje nos mostra isso de uma forma muito contundente”, disse o presidente francês.

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