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Organização registra aumento dos protestos em Cuba

Em meio a uma crise energética que já culminou em apagões diários de até 20 horas, a população cubana elevou seu descontentamento contra o regime comunista em maio, aumentando a quantidade de protestos contra a ditadura de Miguel Díaz-Canel.

É o que mostram dados divulgados na segunda-feira (3) pelo Observatório Cubano de Conflitos (OCC), uma organização que registra os atos contra o regime comunista. Segundo o OCC, foram registradas em maio 716 manifestações espontâneas dos cubanos contra Havana, um crescimento de mais de 11% em relação ao mês anterior, abril, quando se registou 633 protestos.

A organização aponta para a escassez de serviços públicos básicos, como eletricidade e água, sob temperaturas que ultrapassam os 35 ºC no ilha, como o principal combustível que tem mantido a população em um estado de irritação e desafio constante.

Conforme o OCC, os protestos variaram desde “panelaços” durante os apagões até bloqueios de rua e manifestações com vaias contra o ditador Díaz-Canel. As redes sociais também se tornaram um campo de batalha, com inúmeras demandas e comentários críticos ao regime de Havana, segundo a organização.

A OCC, contudo, aponta que o regime comunista, por sua vez, intensificou a repressão contra os manifestantes, com operações policiais e mais ameaças contra opositores e ativistas, numa clara tentativa de conter a insatisfação popular.

A crise alimentar e a inflação em Cuba continuam agravando a situação crítica da ilha. Famílias cubanas estão gastando mais de 70% de seus rendimentos em alimentos, que continuam tendo o seu preço elevado, o que está sendo o principal motor da inflação no país.

A situação da saúde pública em Cuba também é alarmante, com pacientes dependendo cada vez mais das redes sociais e da caridade para atender suas necessidades médicas, em meio a um cenário de hospitais em condições deploráveis e surtos de doenças como a tuberculose.

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