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Lavrov diz que eleição de Lula deu “novo fôlego” para América Latina

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta terça-feira (14) que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Brasil trouxe um “novo fôlego” para os países da América Latina e do Caribe.

Falando sobre países aliados da Rússia durante a Assembleia Nacional do país, o chanceler do regime de Vladimir Putin afirmou que tanto a Rússia quanto a China mantêm relações com as comunidades de Estados latino-americanos e caribenhos, e a ascensão de Lula ao poder está “reenergizando a região”.

“Na África, a União Africana e diversos grupos sub-regionais
são parceiros tradicionais da Rússia e da China. O mesmo se aplica à América
Latina, onde as comunidades de Estados latino-americanos e caribenhos,
especialmente com a ascensão do presidente Lula ao poder no Brasil, estão
ganhando novo fôlego e novamente se tornando um ímã para todos os países da
região. Tanto a Rússia quanto a China têm relações com essa estrutura”, disse
Lavrov.

“Temos muitos aliados”, acrescentou o chanceler russo,
afirmando que “o número deles [de aliados] só vai aumentar, não tenho dúvidas.
E, é claro, tudo isso será para o benefício da democratização das relações
internacionais, onde cada um ocupará seu lugar nos assuntos mundiais e forma
justa, contribuindo para o desenvolvimento da economia mundial, da política
mundial, do sistema de segurança global. E não por meio de chantagem, ameaças
ou ultimatos, como está sendo feito atualmente pelo Ocidente”.

Lula já se encontrou duas vezes com o Lavrov nos últimos meses. A última reunião entre os dois ocorreu em fevereiro deste ano, a portas fechadas. Neste encontro, o chanceler russo reforçou o convite para que o presidente brasileiro compareça à cúpula dos Brics, que deve ocorrer em outubro na Rússia.

Em abril, durante conversa com jornalistas brasileiros, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que Lula cometeria um “grande erro” se fosse se encontrar com Putin na Rússia em outubro. Na ocasião, o líder do governo de Kiev convidou o presidente brasileiro para comparecer na sua “cúpula da paz”, que deve ser realizada em junho na Suíça. Zelensky também citou a falta de convites do governo brasileiro para que ele visitasse o país: “Talvez Lula tenha outras prioridades, não sei”, disse.

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