Quatro militares israelenses morrem em combates na Cidade de Gaza
Quatro militares de Israel foram mortos nesta sexta-feira (10)
em confrontos em Zeitun, bairro no sul da Cidade de Gaza, onde as Forças de
Defesa de Israel (FDI) retomaram uma ofensiva diante do retorno de combatentes
do grupo terrorista Hamas.
Além disso, o gabinete de segurança decidiu manter, por
enquanto, uma ofensiva limitada na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de
Gaza.
Os militares mortos foram identificados como Itay Livny,
Yosef Dassa, Ermiyas Mekuriyaw e Daniel Levy, todos com 19 anos de idade e
sargentos da Brigada Nahal. Outros dois homens ficaram feridos nos confrontos
em Zeitun, aparentemente atingidos por explosivos.
As tropas estavam em uma escola que o Hamas supostamente
usava para atividades militares nesse bairro da Cidade de Gaza, para onde as
FDI já tiveram que retornar duas vezes por causa do reagrupamento dos
combatentes terroristas.
Com isso, subiu para 271 o número de baixas nas tropas
israelenses desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, o conflito
mais letal para as FDI desde a guerra do Líbano em 2006.
As Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, e a Al Quds,
ala militar da Jihad Islâmica, relataram confrontos, ataques e emboscadas
contra as tropas israelenses tanto em Zeitun quanto em Rafah, onde dois
militares israelenses foram feridos quando o tanque em que estavam foi
atingido, como confirmaram as FDI.
Foguetes também foram disparados contra a cidade israelense
de Beersheva, pela primeira vez desde dezembro do ano passado, e uma mulher
ficou levemente ferida.
Em Rafah, as FDI relataram “ataques direcionados” para
capturar combatentes no leste da cidade. Seus tanques parecem ter conseguido
avançar ao longo da estrada Salah al-Din, que separa a cidade entre o leste e o
oeste, desde a passagem com o Egito.
Vazamentos para a imprensa israelense revelam que o gabinete
de segurança – que reúne o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, vários
ministros e o establishment de Defesa – decidiu ontem à noite aprovar a
expansão da ofensiva militar em Rafah, mas de forma “controlada” para não
cruzar as linhas vermelhas estabelecidas pelos Estados Unidos, que se opõem a
uma invasão em grande escala.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçou há dois dias interromper o envio de armas ofensivas para Israel se suas tropas entrassem nos centros populacionais de Rafah, devido à preocupação com os mais de 1 milhão de civis que lá estão.