40% dos manifestantes de NY eram “agitadores externos”, diz prefeito
O prefeito de Nova York, Eric Adams, do Partido Democrata, disse
nesta quinta-feira (2) que cerca de 40% dos manifestantes que realizaram duas
semanas de protestos contra Israel ocupando espaços da Universidade da Cidade
de Nova York e da Universidade de Columbia eram “agitadores
externos”.
Adams afirmou que, após o início dos protestos, ele pediu à
Divisão de Inteligência da Polícia que monitorasse a situação de perto e que o
resultado disso “é que havia agitadores externos que não faziam parte da
comunidade do campus”.
Ele disse que confirmou esse dado, no caso da Universidade de
Columbia, quando a presidente da instituição, Minouche Shafik, pediu à polícia
que interviesse no campus depois que um prédio havia sido tomado por estudantes
e “pessoas de fora”.
O prefeito, ex-policial, disse em uma entrevista à emissora de
rádio pública americana NPR que o número é apenas “uma revisão
preliminar” e faz parte de um “processo inicial de análise”.
“Sabemos, com base em nossas informações e evidências, que há pessoas que estão instruindo os alunos a fazer coisas ruins e a se envolver em algumas ações ilegais”, acrescentou o político democrata em entrevista à rede de televisão CNBC.
O prefeito, que deu entrevistas a vários veículos de imprensa
nesta quinta-feira, mencionou a possibilidade de que alguns desses
“agitadores” sejam professores universitários.
Depois de duas semanas de protestos e de os estudantes montarem
um acampamento no campus da Universidade de Columbia, epicentro dos protestos
que se espalharam por outros campi dos EUA, e tomarem o prédio na terça-feira
(30), a polícia interveio e efetuou prisões, assim como em uma das faculdades
da Universidade da Cidade de Nova York. De acordo com Adams, cerca de 300
pessoas foram presas.
Ele também mencionou a prisão por terrorismo do marido de uma
das organizadoras.
“Não podemos minimizar o desejo de sequestrar todo esse
protesto ‘legítimo’ e usar formas terríveis para promover essa agenda”, declarou.
“Quando os protestos ultrapassam o limite da violência e da
destruição de propriedade, eles deixam de ser protestos. Isso não é democracia.
Isso é caos, e não aceitaremos isso em uma cidade”, acrescentou.
O prefeito, no entanto, defendeu o “direito dos estudantes de se manifestarem”, mas sem “destruir propriedades ou ferir indivíduos”, referindo-se à ocupação do prédio Hamilton Hall, na Universidade de Columbia. (Com Agência EFE)