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Equador diz em Haia que operação em embaixada foi ato “excepcional”

Em audiência nesta quarta-feira (1º) em Haia, na Holanda, o governo do Equador sustentou que a operação policial na Embaixada do México em Quito em 5 de abril, na qual o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas foi preso, foi um ato “excepcional” e “isolado”.

O governo do México havia apresentado uma ação contra o
Equador na Corte Internacional de Justiça (CIJ), pedindo medidas emergenciais,
entre elas, que o tribunal exija que Quito “tome medidas apropriadas e
imediatas para fornecer total proteção e segurança às instalações diplomáticas,
suas propriedades e arquivos, evitando qualquer forma de intrusão contra eles”.

O embaixador do Equador na Holanda, Andrés Terán, enfatizou
durante o segundo dia da audiência deste caso que seu país deu “garantias” por
escrito ao México de que cumprirá seu dever de respeitar e proteger seu pessoal
e sede diplomática, mas justificou a prisão de Glas na operação na embaixada
mexicana em Quito.

“O México utilizou indevidamente sua sede diplomática em
Quito durante meses para abrigar um criminoso comum que foi devidamente
condenado em duas ocasiões pelos mais altos tribunais do Equador por crimes
graves relacionados a corrupção e está sujeito a processos em curso
relacionados com mais casos de corrupção e outros crimes”, defendeu.

Além das medidas emergenciais, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pediu à CIJ que o Equador seja expulso das Nações Unidas caso não peça desculpas e não se comprometa a não cometer atos semelhantes.

O México rompeu relações diplomáticas com o Equador, que
também processou os mexicanos na CIJ, alegando descumprimento de regras internacionais
para concessão de asilo e interferência em assuntos internos.

Glas, que foi vice na gestão de Rafael Correa (2007-2017),
estava na representação diplomática porque havia pedido asilo político ao
México.

Ele havia obtido liberdade condicional após cumprir quatro anos de uma condenação de oito anos por corrupção e é investigado por desvio de recursos durante a reconstrução de uma área após um terremoto em 2016. Após ser preso, foi levado a uma unidade de segurança máxima. (Com Agência EFE)

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