#AstroMiniBR: uma década de evolução dos planetas gasosos
O TecMundo e a equipe do #AstroMiniBR toda semana, selecionam as melhores curiosidades astronômicas, para compartilhar com você um pouco mais do inusitado e fantástico, mundo da astronomia. Confira abaixo!
1. As mudanças de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno em 10 anos!
Nos últimos dez anos, o Telescópio Espacial Hubble monitorou de perto os padrões climáticos de Saturno, Júpiter, Urano e Netuno, revelando mudanças significativas em suas atmosferas. Essas observações contínuas capturaram alterações dramáticas em tempestades, formações de nuvens e comportamentos atmosféricos, destacando a dinâmica única desses gigantes gasosos e de gelo.
Em Júpiter, a famosa Grande Mancha Vermelha apresentou uma redução notável em seu tamanho, enquanto novas e menores tempestades surgiram. Em Saturno, foram detectadas mudanças nas faixas de nuvens equatoriais e polares, influenciadas pelas variações sazonais do planeta.
Já em Urano, o polo norte, que está em sua temporada de verão (com duração de 21 anos terrestres), revelou uma brilhante capa polar de gelo de metano.
Em Netuno, durante o inverno do hemisfério norte, exibiu uma grande tempestade escura, com cerca de 11.000 quilômetros de extensão, acompanhada de “nuvens companheiras” formadas por gelo de metano, criadas devido a correntes de convecção que impulsionam material para camadas mais altas da atmosfera.
2. Um impacto lunar em Marte!
Fobos, a maior das duas luas de Marte, está em um caminho inevitável de colisão com o planeta vermelho. Orbitando a apenas 6.000 km da superfície marciana, mais perto do que qualquer outra lua de seu planeta no Sistema Solar, Fobos está gradualmente sendo puxada para Marte devido às forças de maré a uma taxa de cerca de 2 centímetros por ano.
Modelos científicos preveem que em um período de 30 a 50 milhões de anos, Fobos se despedaçará ao cruzar o limite de Roche, o ponto em que as forças gravitacionais de Marte superarão a coesão interna da lua. Isto é, antes de atingir a superfície, Fobos será provavelmente desintegrada em um anel de detritos ao redor de Marte.
Estudos sugerem que este anel poderá durar de centenas a milhares de anos antes de os fragmentos começarem a cair em direção ao planeta.
O impacto dos fragmentos na superfície de Marte criará uma série de crateras, algumas delas significativas, dependendo do tamanho das peças remanescentes após a fragmentação. Esse evento poderá alterar por completo o ambiente da superfície marciana, especialmente se partículas menores forem lançadas na fina atmosfera do planeta, gerando poeira e bloqueando parcialmente a luz solar.
Para futuras missões humanas ou robóticas, a destruição de Fobos representaria um desafio potencial, com riscos relacionados a fragmentos em órbita e impactos na superfície.
3. Tempestades de areia no planeta vermelho!
Recentemente, o satélite Mars Reconnaisance Orbiter da NASA registrou novas tempestades de poeira em Marte em alta resolução, permitindo aos cientistas mapear com precisão sua formação, evolução e dissipação. Essas tempestades, algumas das maiores do sistema solar, cobrem amplas regiões do planeta e influenciam significativamente seu clima global.
Essas observações revelaram que os ventos marcianos, que chegam a 100 km/h, levantam partículas finas, criando um efeito de resfriamento na superfície e aquecimento na alta atmosfera. Estudos também sugerem que essas tempestades podem desempenhar um papel crucial no ciclo de perda de água do planeta.
Essas descobertas são importantes para entender o passado climático de Marte e como o planeta perdeu sua antiga atmosfera densa. Com essas informações, futuras missões, como as planejadas para trazer amostras de solo marciano para a Terra, podem ser ajustadas para lidar melhor com esses fenômenos ainda imprevisíveis.
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