Formula E: 11ª temporada começa com surpresas, acidentes e fortes emoções
A décima-primeira temporada da Formula E já começou e foi, sem trocadilhos, eletrizante. A elite do automobilismo 100% elétrico teve sua abertura logo no começo de dezembro, na cidade de São Paulo, e nós fomos até lá para conferir tudo de perto.
O TecMundo esteve no evento a convite da Nissan do Brasil, primeira e única (até agora) montadora japonesa a participar da competição, representada pelo piloto britânico Oliver Rowland e pelo francês Norman Nato, além de Sérgio Sette Câmara que atua como piloto reserva e de simulador. Confira alguns dos destaques da abertura dessa temporada!
0 a 100km/h em 1,86 segundo!
Para falar sobre a Formula E, nada melhor do que começar abordando os carros que disputarão a atual temporada. Ou melhor, o carro: trata-se do GEN3 Evo, uma significativa evolução quando comparado ao GEN3 que disputou a etapa anterior. Ele trouxe melhorias em diversos aspectos para se tornar ainda mais rápido, dinâmico e eficiente.
Pesando 859kg, o novo monoposto pode ir de 0 a 100km/h em apenas 1,86 segundo e atinge a máxima de 322km/h. Graças às frenagens, ele é capaz de recuperar até 50% de toda a energia consumida durante a corrida e, para finalizar, ele chega a ser até 10% mais aderente em relação ao antecessor por conta dos novos pneus com até 35% de material reciclado.
Um grid multinacional
Além da japonesa Nissan, outras montadoras de automóveis disputam a 11ª temporada da Formula E: Jaguar (TCS Racing), Porsche (Tag Heuer), McLaren (Neom), Maserati (MSG Racing) e DS (Penske). As demais escuderias são a Andretti, Envision Racing, Lola Yamaha, Cupra Kiro Race e Mahindra Racing.
Além de Oliver Rowland (Inglaterra) e Norman Nato (França), a Formula E traz pilotos de vários lugares do planeta. Há o brasileiro Lucas di Grassi, Sébastian Buemi (Suíça), Nick Cassidy (Nova Zelândia), Jake Dennis (Grã-Bretanha), Maximilian Günther (Alemanha), Antônio Félix da Costa (Portugal), Stoffel Vandoorne (Bélgica), Nyck de Vries (Holanda), entre vários outros.
Já começou “daquele” jeito
A primeira corrida da 11ª temporada aconteceu no último dia 7, em uma calorosa tarde de sábado. Logo na sequência de largada, o primeiro problema acontece: o piloto holandês Robin Frijns, da Envision Racing, sinaliza problemas técnicos no seu carro de nº 04 e precisa ser empurrado para fora do grid pelos assistentes da competição, rendendo bandeira amarela.
Com a retirada do carro de Frijns, a largada recomeça e então os monopostos saem em disparada, acompanhados de perto por um safety car que nós conhecemos muito bem. Na 3ª volta, mais problemas: o carro de Nico Müeller (Andretti, nº 51) é empurrado por David Beckmann (Kiro, nº 03) contra o de Jake Hughes (Maserati, nº 55). Outra bandeira amarela.
Perto do final da corrida, mais problemas: o carro de Pascal Wehrlein (Porsche, nº 01) é atingido pelo de Nick Cassidy (Jaguar, nº 37) e capota quase que por cima dele, forçando a parada total da prova e um novo procedimento de largada. Apesar do grande susto e da violência visual do impacto, tanto o piloto alemão quanto o neozelandês saíram ilesos.
No mais, outras grandes surpresas aconteceram como a ascenção do piloto Mitch Evans (Jaguar, nº 09) que largou em vigésimo-segundo, no último lugar, e terminou a prova em primeiro. Por outro lado, Oliver Rowland (Nissan, nº 23) estava na ponta, porém, teve problemas e finalizou a competição em 14º, fora da zona de pontuação.
No final das contas, o saldo geral foi, em sua maioria, positivo: o público de 21 mil pessoas lotou o sambódromo do Anhembi, na capital paulista, e assistiu a vitória de Mitch Evans ao lado de Antônio Félix da Costa em 2º lugar e Taylor Barnard em terceiro. Foram 35 voltas ao todo, sendo que 4 foram acrescidas devido às duas bandeiras vermelhas.
A próxima corrida da 11ª temporada da Formula E acontecerá no México, no dia 11 de Janeiro, enquanto a última está prevista para 27 de julho em Londres. São 16 corridas ao todo e você pode ficar por dentro de todos os detalhes através do site oficial da competição.