200 soldados norte-coreanos já morreram em Kursk
Mais de 200 soldados norte-coreanos que estão combatendo ao lado das forças russas na região de Kursk, na Rússia, já foram mortos ou feridos, segundo informações do Centro contra a Desinformação do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia. A declaração foi feita nesta quarta-feira por Andriy Kovalenko, chefe do centro, em sua conta no aplicativo de mensagens Telegram.
“A República Popular Democrática da Coreia está sofrendo baixas, entre mortos e feridos. No total, mais de 200 homens foram mortos e feridos até agora”, afirmou Kovalenko. Ele destacou que essas informações foram obtidas através de registros de vídeos dos ataques ucranianos e das imagens dos corpos de combatentes norte-coreanos nos locais de confronto.
“Também estão aparecendo imagens de hospitais”, acrescentou.
A presença de tropas norte-coreanas no front russo foi confirmada semanas atrás por autoridades americanas e aliados ocidentais, que estimaram que o regime de Kim Jong-un enviou entre 10 mil e 12 mil soldados para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. De acordo com a inteligência militar ucraniana, aproximadamente 11 mil desses soldados foram posicionados na região de Kursk, onde participam ativamente dos combates.
Inexperiência norte-coreana no campo de batalha
O alto número de baixas pode ser um reflexo da falta de experiência e preparo dos soldados enviados por Pyongyang, disse um oficial ucraniano citado por agências de notícias como AP e AFP. Ele atribuiu este número à incapacidade desses combatentes de enfrentar a intensidade do conflito.
A Ucrânia alega que a Rússia está tentando encobrir as perdas de soldados norte-coreanos. Nos últimos dias, a região de Kursk tem sido palco de uma intensificação da ofensiva russa contra as forças ucranianas. Somente nesta terça-feira (17), cerca de 50 ataques foram registrados na região, representando um quarto de todas as ofensivas realizadas no front naquele dia.
O envio de soldados norte-coreanos para a Rússia reflete o alinhamento crescente entre Moscou e Pyongyang, com o regime de Kim Jong-un se comprometendo a apoiar o ditador Vladimir Putin em troca de cooperação econômica e militar. A aliança entre Rússia e Coreia do Norte tem sido criticada por líderes ocidentais, e reforça a determinação de Moscou em buscar aliados não tradicionais para enfrentar as forças ucranianas que contam com o apoio do Ocidente.