Macron escolhe aliado centrista como novo premiê da França
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou por meio de um comunicado nesta sexta-feira (13) a escolha do aliado centrista de longa data François Bayrou como novo primeiro-ministro do país.
Bayrou, de 73 anos, se tornará o quarto chefe de governo a assumir o cargo somente neste ano, substituindo o conservador Michel Barnier, nove dias após uma votação de desconfiança ter derrubado seu Executivo, o mais curto do país desde a Segunda Guerra Mundial.
O gabinete de Macron disse no comunicado que “Bayrou foi encarregado de formar um novo governo”. O líder centrista foi recebido no início nesta manhã no Palácio do Eliseu, onde teve uma reunião de quase duas horas com o presidente, antes de seu nome ser anunciado.
O presidente francês afirmou recentemente em um discurso à nação que deve permanecer no cargo até o fim de seu mandato em 2027. No entanto, a força macronista enfrenta uma forte rejeição no governo, com partidos pedindo sua renúncia desde a derrubada de Barnier na semana passada.
A nomeação de Macron é uma aposta na ala mais à esquerda de sua aliança, na esperança de ganhar a indulgência dos socialistas.
Além disso, o veterano político centrista também conta com certo apoio da direita nacionalista liderada por Marine Le Pen, uma vez que compartilha seu desejo por um sistema eleitoral mais representativo.
A aliança centrista de Macron não tem maioria no Parlamento francês e o novo premiê Bayrou terá a difícil missão de negociar com a esquerda e a direita para conseguir alguma estabilidade no poder.
Quem é François Bayrou
O novo primeiro-ministro da França, François Bayrou, de 73 anos, é um líder centrista veterano da política francesa.
Ele foi ministro em duas ocasiões, uma delas em um governo conservador na década de 1990, e três vezes candidato presidencial (2002, 2007 e 2012). Atualmente, servia na política como prefeito da cidade de Pau, nos Pirineus, sudoeste do país.
Em 2017, desistiu da disputa pelo Eliseu em favor de Macron, em quem viu uma personificação de sua aspiração de acabar com as divisões entre esquerda e direita.
