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Von der Leyen diz que acordo UE-Mercosul “está à vista”

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta quinta-feira (5) ao chegar na América do Sul, onde participará da reunião de cúpula do Mercosul, que “a linha de chegada” do acordo de associação entre o bloco sul-americano e a União Europeia (UE) “está à vista”, após um quarto de século de negociações.

“Chegamos à América Latina. A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está à vista. Trabalhemos, vamos cruzá-la. Temos a oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas, a maior associação de comércio e investimentos que o mundo já viu. Ambas as regiões serão beneficiadas”, escreveu Von der Leyen em sua conta na rede social X.

A presidente da Comissão Europeia aterrissou primeiro no Brasil e embarcará agora em um segundo voo para Montevidéu, onde será realizada a cúpula, disse a sua porta-voz, Paula Pinho.

O portal da presidência do Uruguai incluiu uma reunião com Von der Leyen na agenda de Luis Lacalle Pou para esta quinta-feira às 15h (mesmo horário de Brasília), embora enfatize que o encontro ainda não foi confirmado.

Com as atenções voltadas para um acordo de livre-comércio com a UE e prontos para receber novos membros associados, o Mercosul realizará a partir desta quinta-feira em Montevidéu sua 65ª cúpula, a última de Lacalle Pou como presidente uruguaio.

O texto do acordo de associação UE-Mercosul foi fechado em 2019, após 20 anos de negociações, mas, logo depois, a parte europeia pediu para adicionar um anexo no qual exige mais garantias dos países latino-americanos de que cumprirão o Acordo de Paris e a legislação trabalhista internacional, questões que em todo o caso já estavam contidas no documento.

A diretora-geral de Comércio da Comissão Europeia, Sabine Weyand, antecipou na terça-feira que os contatos entre os dois blocos saltaram do nível técnico para o político e envolveram o comissário de Comércio e os seus homólogos do Mercosul.

No entanto, a UE continua dividida sobre este acordo e a França lidera os países que se posicionam contra, argumentando que o pacto afetaria muito negativamente os produtores agrícolas do bloco comunitário europeu.

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