Cuba quer prender opositor por escrever mensagens contra regime
O ativista cubano Ricardo Vázquez Morales denunciou ao portal Cubanet nesta segunda-feira (25) que está sendo alvo de perseguição pelo regime comunista após escrever mensagens contrárias à ditadura nas paredes de sua casa, localizada em Havana.
Vázquez Morales, um idoso conhecido por ser um opositor da ditadura de Miguel Díaz-Canel, afirmou que a Segurança do Estado e a polícia nacional apareceram em sua residência para forçá-lo a apagar as frases “Liberdade para o povo cubano”, “Fora Díaz-Canel” e “Não a ditadura” pintadas em seu muro.
Segundo o ativista, os agentes chegaram a tentar arrombar a porta de sua casa para realizar a prisão, mas não conseguiram.
“A polícia tentou forçar a porta para entrar e me prender, mas não conseguiu abrir. Eu disse a eles que não apagaria os cartazes e perguntei por que, se eles impõem seus cartazes na via pública, eu não poderia colocar os meus em minha casa”, relatou.
Vázquez Morales, que vive em uma casa localizada na rua Santa Maria, num bairro de Havana, revelou ainda que está sendo vigiado constantemente desde a última sexta-feira (22). O opositor também relatou que está sendo forçado a pagar uma dívida de 10.920 pesos cubanos (aproximadamente US$ 455) por duas multas aplicadas contra ele durante a pandemia de Covid-19, uma situação que o opositor acredita fazer parte de uma estratégia do regime para enfraquecê-lo e silenciá-lo.
Além da pressão financeira, Ricardo tem sido alvo de represálias frequentes por parte das autoridades cubanas. Em 2021, ele denunciou um episódio de assédio similar, quando foi perseguido pelo regime após fazer críticas públicas e por sua orientação sexual. Ricardo é homossexual. “O objetivo deles é me calar e me prender”, afirmou.
A situação de Vázquez Morales é um reflexo da crescente repressão aos dissidentes em Cuba, onde qualquer forma de protesto contra o regime de Díaz-Canel tem sido duramente reprimida. A pressão contra aqueles que se opõem ao regime comunista tem sido constante, e os casos de perseguição, ameaças e prisões de opositores se multiplicam.