Qual é a diferença entre um tsunami e um maremoto? A ciência responde!
Os tsunamis são uma preocupação em diversas regiões do planeta, principalmente em áreas costeiras, pois têm o poder de destruir cidades e matar milhares de seres vivos. Outro evento que também pode causar catástrofes naturais é o maremoto, que talvez não seja tão conhecido quanto o tsunami.
Em setembro de 2023, ocorreu um dos últimos grandes tsunamis, quando uma enorme rocha se desprendeu e caiu do fiorde Dickson, no leste da Groenlândia. O impacto gerou um tsunami, com ondas que atingiram até 200 metros de altura. A reação foi tão poderosa que gerou uma vibração em toda a Terra por nove dias.
Mas o que exatamente é um maremoto? A verdade é que, apesar de serem eventos naturais, maremotos e tsunamis são bastante diferentes. No caso dos tsunamis, eles são geralmente causados por grandes deslocamentos no fundo do mar, em eventos que incluem terremotos submarinos (maremotos).
No dia 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a região de Tohoku, no Japão, gerando um tsunami com ondas gigantes que devastaram a área e causaram quase 20 mil mortes. Foi justamente esse evento que causou o desastre da Usina Nuclear de Fukushima, onde uma série de falhas resultou no derretimento de alguns reatores nucleares.
Para mostrar as diferenças entre um tsunami e um maremoto no contexto científico, reunimos informações de pesquisadores, geólogos e outros especialistas sobre o tema. Confira!
O que é um tsunami
A palavra ‘tsunami’ vem do japonês e é formada por duas partes: ‘tsu,’ que significa porto, e ‘nami,’ que significa onda. Juntas, elas se traduzem como ‘onda que atinge o porto.’ Os tsunamis são ondas gigantes que podem ser causadas por diferentes eventos, como terremotos, erupções vulcânicas, deslizamentos submarinos e maremotos.
Nas partes mais profundas do oceano, essas ondas gigantes não são muito altas, mas começam a crescer bastante quando se aproximam da costa. Além disso, a velocidade do tsunami também depende da profundidade: quanto mais profundo o oceano, mais rápido ele se move; quanto mais raso, mais devagar.
Em uma publicação oficial, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) explica que, em muitos casos, as pessoas usam os termos ‘tsunami’, ‘maremoto’ ou ‘onda de maré’ como sinônimos para descrever ondas gigantes altamente destrutivas. Contudo, o órgão norte-americano esclarece que esses eventos não são o mesmo.
“Talvez o tsunami mais destrutivo da história registrada tenha ocorrido em 26 de dezembro de 2004, depois que um terremoto de magnitude 9,1 deslocou o fundo do oceano na ilha indonésia de Sumatra. Duas horas depois, ondas de até 9 metros atingiram as costas orientais da Índia e do Sri Lanka, a cerca de 1.200 km de distância. Mais de 200 mil pessoas foram mortas”, a enciclopédia Britannica descreve.
Diferenças do maremoto
Os termos são frequentemente usados como sinônimos de ondas gigantes, mas os maremotos são causados por abalos sísmicos no fundo do oceano. Também costumam ser descritos como terremotos submarinos.
Esses abalos geram uma energia que pode criar grandes ondas; em alguns casos, ao nível de um tsunami. É importante destacar que os maremotos podem contribuir para a propagação de ondas que resultam em tsunamis, mas que esses eventos nem sempre estão conectados.
Como funciona uma onda de maré?
A onda de maré também não é um maremoto e nem um tsunami. Nos Estados Unidos, o termo onda de maré e tsunami também costumam ser sinônimos, mas são completamente diferentes.
Trata-se de um fenômeno natural causado pelas interações gravitacionais entre o Sol, a Lua e os oceanos da Terra. Diferente de outros tipos de ondas, a onda de maré é gerada continuamente por esses efeitos, sendo responsável pela movimentação natural da água nos oceanos – diferente das ondas causadas por vento, que permitem aos atletas praticarem surfe.
Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos sobre ciências da Terra aqui no TecMundo. Aproveite para entender por que ondas do mar estão ficando mais fortes à medida que o aquecimento global aumenta. Até a próxima!